No último filme, até agora, da cinessérie “Missão Impossível”, Tom Cruise arrisca tudo (até a vida) para a diversão mundial
Depois que quase 30 anos, Tom Cruise entrega mais um filme de Missão Impossível para o deleite da audiência, no que pode ser o último de uma série e o fim de um legado.
Totalmente consciente do que a franquia representa para sétima arte, Cruise, o superastro, e seu parceiro agora habitual, o roteirista e diretor dos últimos quatro filmes, Christopher McQuarrie, decidiram trazer para o cinema o até agora último capítulo da cinessérie, para nos lembrar que qualquer um que aceite a missão de assistir ao filme tenha ciência que só eles dois poderiam entregar o que “Missão Impossível – O Acerto Final” desfila na tela.
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E dá-lhe auto referência com a conclusão pelos personagens no filme (e são muitos) e da audiência, que somente Tom Cruise/Ethan Hunt poderia salvar o mundo dado seu histórico de rebeldia em alguns momentos, mas de extrema eficiência, heroísmo e, claro, misturando criador e criatura, a “missão” de salvar o cinema em si, principalmente pela cruzada do ator em externar toda magia e a necessidade de se apreciar os filmes — os dele com certeza — na maior tela e com o melhor som disponível.
É muito investimento em fotografia pelas câmeras especiais IMAX, cenários, efeitos especiais e atores com a obsessão de presentear as plateias do mundo inteiro com o melhor que o cinema pode oferecer e olha, na maioria dos momentos nos seus 169 minutos de duração, consegue.

Porém, por se tratar de um filme-legado, em algumas partes a ação para, privilegiando alguma explicação e dá-lhe palestrinhas — algumas repetitivas e com um recurso duvidoso e clichê de alguns personagens completando a frase dos outros — o que às vezes atrapalha o ritmo que antecede a aventura e as cenas de ação que, quando começam, mostram todo o poder que a franquia lapidada ao longo dos anos provou ser mais do que eficiente com seu poder de entretimento.
E por falar nas sequências de ação, duas devem entrar para história como a do submarino, claustrofóbica e tensa como dever ser em local a diversos metros no mar profundo, e a do avião, que o marketing mostra mas não desgastou como a da moto no filme passado, que prova mais uma vez que astro de ação como Tom Cruise, hoje não existe.
Até pode-se fazer um paralelo muito interessante das proezas físicas dos atores, de forma artesanal pelos efeitos especiais que dominam cada vez mais os filmes de ação quando há tiros ou fraturas, a batalha do analógico contra o digital.
Porém, algo aconteceu entre o que se imaginou como uma ameaça global baseada em uma inteligência artificial, a famigerada Entidade que, infelizmente, é deixada de lado em detrimento da montagem e é menos “carismática” que a Skynet da franquia Exterminador do Futuro.
Em determinado momento, seus feitos cessam em apenas uma ameaça, a nuclear, excluindo todas as outras possibilidades do que uma ferramenta que deveria ser onipresente e onipotente, poderia e deveria trazer de dificuldade para o herói e seus companheiros.
Neste filme fortalecendo a função da equipe, nem tudo fica na mão de Ethan, pois ele delega funções e temos pequenas evoluções do arco de algum dos seus amigos, mas claramente nomes como Mark Gatiss (da série “Sherlock”) e Janet McTeer (série “Ozark”) são desperdiçados no elenco inchado e que, na verdade, não acrescentam muito, porque o que o povo quer é ação e, claro, quando o filme entrega é com louvor!
Não sabemos no momento se haverá outro Missão Impossível, mas em um mundo em que refilmagens live action são mais prestigiadas do que filmes feitos por seres humanos que se importam com o cinema, é de se admirar o esforço de Tom Cruise e sua equipe para entregar uma obra grandiosa como essa.
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Divertido, saudosista, eletrizante, porém um pouco confuso, Missão Impossível – O Acerto Final vale muito a pena ser assistido no cinema e desde já, estou torcendo para que haja outras missões para que possamos aceitar.
Estreia no Brasil dia 22 de maio!
Imagem Destacada: Divulgação/Paramount

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