O “Aquaman” Francês
No dia 02 de junho, umas das estreias internacionais nos cinemas brasileiros está longe de ser um blockbuster e, ao mesmo tempo, só mais um drama francês. O silencioso longa, estabelece um mix de sensações e cria uma interessante unidade.
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A trama que acontece durante o verão francês, apresentando o calado e solitário Vincent, que trabalha para poder se manter e adora se refrescar sozinho. Porém, ele tem um segredo: Quando Vincent entra em contato com a água se torna mais ágil e fica dez vezes mais forte do que qualquer ser humano. Em um dos comuns dias de sua vida, ele conhece Lucie, por quem se apaixona e acaba contando seu “misterioso” segredo. Ela por sua vez passa ajudá-lo a se se libertar dessa ocasional prisão que ele mesmo criou para si.
O roteiro escrito pelo grupo “Thomas Three” (Thomas Salvador, Thomas Cheysson e Thomas Bidegain) estabelece não só um filme de, popularmente falando, super-herói como consegue estabelecer e inserir outros gêneros como drama, comédia e aventura, dentro da silenciosíssima trama, com um pouco mais de uma hora de duração.
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A direção é assinada por Thomas Salvador, que também dá vida ao protagonista. Nela, há a constante presença de planos abertos, enquadramentos não fixos propositalmente e uma narrativa de onipresença. Quando apresenta planos mais fechados nos personagens ele busca a não delimitação da angulação e sempre expõe a cenografia/locação em segundo plano, ainda que pudesse ser “cortada”.
Thomas traduz nas lentes a solitária, ainda que, às vezes, acompanhado de terceiros, vida do protagonista Vincent. Frio, mas condizente com a narrativa, sua atuação não é um “marco” ainda que seja significativa. Talvez o destaque fique para Vimala Pons e sua extrovertida Lucie, que traduz em poucas cenas a liberdade, a fugacidade e a paixão pela vida que o protagonista tanto necessita.
“Tudo Sobre Vincent” não vai agradar o grande público, ainda que tenha uma boa proposta. O silencio dá ao espectador a sensação de estagnação mesmo vendo a trama fluir. Já aos amantes do cinema francês, o longa é um prato cheiro de referências, com as singulares características já vista em inúmeros outros exemplares franceses.
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