Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos

O livro Amor líquido foi escrito pelo polonês Zigmund Bauman, que nasceu na Polônia e em 1939, devido a incursão nazista na Polônia, precisou se refugiar na União Soviética, e estudou sociologia em Varsóvia. Os livros de Bauman criticam os costumes da era líquido- moderna. A metáfora da liquidez foi criada pelo polonês para referir-se a fluidez e fragilidade dos aspectos relacionados à sociedade contemporânea.

Em Amor líquido, Bauman fala das mudanças ocorridas nos relacionamentos humanos. Se antes os relacionamentos venciam as provas do tempo, atualmente são sem durabilidade; quando aparecem os primeiros problemas as pessoas partem e reiniciam em novos relacionamentos.

O escritor compara o processo a relação comercial assim como os produtos antigamente eram feitos para durar e hoje quando apresentam defeitos são substituídos, as pessoas não têm investido na profundidade das interações.

Um dos responsáveis para Bauman pela fluidez dos laços humanos seria o individualismo que visa a satisfação pontual dos anseios do indivíduo. Dois fenômenos citados pelo sociólogo em sua obra são a mixofilia, a satisfação por lugares estimulantes opondo-se a mixofobia, que seria o medo ou resistência a interação. Esses dois conceitos são vistos como pontos centrais para a compreensão das relações líquidas.

Para todos aqueles que acreditam nos laços humanos e na importância do afeto Amor líquido é um livro ideal para compreender os desafios da era moderna.