A proximidade das festas de final de ano unem diversas estreias de filmes na telona. Muitas vezes são os “tão esperados” no decorrer dos 365 dias. E 2016 foi um ano em que Amy Adams mereceu um destaque especial. Além de um grande agradecimento de todos nós, por ter nos proporcionado dois longa-metragens maravilhosos de presente de Natal.
“A Chegada” e “Animais Noturnos” estrearam em menos de um mês de diferença aqui no Brasil, respectivamente. Quem foi ao cinema em novembro, saiu com a cabeça bem mexida (não tanto quanto “Interestelar”) após assistir a história da professa de linguística Dra Louise Banks e a visita de aliens ao nosso querido planeta Terra. Já em “Animais Noturnos”, saímos com a sensação de soco no estômago após todo o decorrer da história, que, sinceramente, não esperava ser tão arrebatadora. A ficção científica coloca a atriz como grande pilar da história. Uma mulher no meio de vários homens militares a pressionando por respostas, Dra Banks luta por sua teoria e cria coragem em tomar a iniciativa. O filme tem como grande marca o medo, exteriorizado e personificado nos “novos visitantes”, unindo o pavor pelo desconhecido e a vulnerabilidade da raça humana (algo que contribui para o nosso envolvimento como espectador). Além disso, o roteiro mistura todo o enredo principal com a vida pessoal da personagem, formando um grande quebra cabeça, que, no final, se encaixa perfeitamente.
Podemos acompanhar uma Amy Adams quase que de cara limpa, no sentido real da palavra. A personagem não conta com uma grande caracterização e preocupação consigo mesma sobre o quesito visual. O destaque é para o seu conhecimento, como esperança de entender os aliens, e descobrir o que todos querem saber: o que eles estão fazendo aqui? Ao longo do filme, acompanhamos o crescimento da personagem Dra Banks. Ela se apropria e quase delineia o caminhar dos fatos. Ela se torna a dona da história, e, ainda mais que isso, a salvadora.
Em “Animais Noturnos” fazemos uma viagem como espectador totalmente diferente. Esse drama/suspense apresenta um medo diferente, comparado com “A Chegada”, nos fazendo embarcar em um experiência mais pessoal. O filme possui três camadas de histórias, e em todas podemos vivenciar situações, momentos e marcas de pavor.
Na principal delas temos, novamente, Amy Adams como protagonista. Sua personagem, dessa vez, é uma curadora de arte bem sucedida, rica, elegante e com um casamento mantido por aparências. Ela é o fio condutor da história.
Somando a atuação da atriz e uma estética perfeita (não existe outra palavra para descrever a beleza da fotografia desse filme) somos mergulhados no universo da personagem, repleto de solidão, futilidade, vazio e monótono. Ela se posiciona em meio a esses cenários e traz toda atenção pra si, com sua maquiagem pesada, olhar marcante e cabelo ruivo em perfeito estado.
Acima de tudo, ela não perde sua postura, em nenhum momento. Em diversas cenas era de se esperar que ela começasse a gritar ou iniciasse um surto, porém, o oposto acontecia, ela se mantinha a mesma. E em seu olhar transparecia toda a destruição interna daquela mulher.
Enquanto por fora há toda uma vida que muitos invejam, por dentro conhecemos essa mulher infeliz. Evidenciado quando recebe o livro do seu ex-marido, com o título “Animais Noturnos”. A partir daí, vemos seu medo ressurgir. A cada palavra que lê, todo o pavor dentro de si volta a crescer ao relembrar do passado.
Nesses dois filmes podemos conhecer duas Amy Adams, ou melhor, como essa atriz pode nos surpreender e tomar para si a história. Acredito que nem Papai Noel poderia trazer dois presentes tão bons quanto esses filmes.
Em meio a todos os comentários, críticas e elogios sobre os filmes, veio o grande polêmica da atriz não ter recebido sua indicação ao Oscar deste ano. Após esse fato, “esnobada”, Amy Adams foi uma das convidadas a apresentar a noite de premiações.
Também concordo que foi uma injustiça ela não estar na lista de “Melhor Atriz” por “A Chegada”. Faço das palavras do diretor Denis Villeneuve as minhas:
“Estou profundamente desapontado por Amy. Ela é a alma deste filme. Para mim, ela foi uma dádiva! Ela levou o filme nas costas, ela foi quem fez isso acontecer.”
E então, só temos a esperar pelo dia 26 de fevereiro e assistir quem serão os escolhidos. Enquanto isso, continuamos apreciando essa mulher sendo A mulher nesses filmes.
Por Gabi Fischer
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