A quinta edição do Rock in Rio foi sucesso absoluto. Desde as vendas oficiais dos ingressos, que se esgotaram em apenas 4 horas, à quantidade de público presente, o festival continuou colhendo os frutos desde sua volta ao Rio de Janeiro, dois anos antes. Apesar do cenário político alarmante e o início da crise econômica que viria a se instaurar no país até os dias atuais, naquela época o brasileiro ainda podia respirar com certo alívio. Sem contar que a Copa do Mundo ocorreria dali a um ano, também com jogos na cidade. Ou seja: não faltaram pontos favoráveis para que o RiR acontecesse.
Os problemas de 2011, que renderam diversas reclamações do público, já não rendiam tanta dor de cabeça à Roberto Medina e sua equipe. O sistema de ônibus Primeira Classe foi bastante atrativo. Com diversos pontos espalhados pelo Rio de Janeiro, bastava que os passageiros adquirissem o cartão de ida e volta pela internet e agendar o horário de interesse para a partida. O terminal ficava no Riocentro, bem próximo à Cidade do Rock. Porém, claro, outras questões como furtos, preços de alimentação e filas para as atrações (que se mantiveram da quarta edição) foram ajustadas ao longo dos dias.
O primeiro fim de semana
Não faltaram ídolos para preencher o line-up dos primeiros dias de Rock in Rio. E quem disse que sexta-feira 13 é dia do azar, certamente não acompanhou a noite daquele 13 de setembro. Uma lindíssima homenagem ao eterno Cazuza abriu a sequência de shows. Ney Matogrosso, Bebel Gilberto, Maria Gadú, Frejat, Rogério Flausino e Paulo Miklos cantaram para o poeta, que nos deixou precocemente em 1990. Depois do tributo, o clima foi de muita festa. Ivete Sangalo, David Guetta e Beyoncé não deixaram ninguém parado. Destaque para “Queen B” coreografando “Passinho do Volante“, do Mc Federado & Os Leleks, funk bombadíssimo nas rádios e festas naquele ano. Prova de que todo mundo que chega aqui, fica um pouquinho carioca como a gente!
O Capital Inicial abriu os trabalhos do dia 14. No setlist, claro, os megahits “Natasha“, “Independência” e “Quatro Vezes Você“. Rolou até cover dos Raimundos, em “Mulher de Fases“! E o que dizer do 30 Seconds to Mars? Apesar de ser a segunda atração da noite, quando geralmente, a galera ainda está esquentando para mais tarde, fez uma apresentação histórica. O vocalista Jared Leto, não só deu um show de simpatia e talento, como quebrou todos os paradigmas possíveis: cantou “Hurricane” de cima da tirolesa do Palco Mundo, além de chamar fãs pro palco! O show foi um dos melhores daquela edição. E não é para menos, não é mesmo? O Muse e Florence and The Machine também não fizeram por menos. Enquanto o grupo, liderado por Matthew Bellamy ferveu a Barra da Tijuca, Florence encantou com seu show intimista e alegre, fechando o segundo dia.
Já no dia 15, Jota Quest e Jessie J deixaram a Cidade do Rock com cara de balada bem pop. Lulu Santos fez uma surpresa para os fãs e apareceu no show do Jota, para cantar “Tempos Modernos“. Naquele mesmo ano, o hit fora abertura de “Malhação“, cantada pelos mineiros. Alicia Keys deu com uma pequena pausa no agito, com todo seu charme e soul, acalmando os ânimos de quem esperava a estrela da noite: Justin Timberlake. O ex-N*SYNC retornava ao RiR, 12 anos após o show na “noite teen” da terceira edição. Com direito à tributo à Michael Jackson, o cantor encerrou a primeira maratona de shows em grande estilo.
Rock de qualidade no último fim de semana
Na quinta-feira (19), o Sepultura e os Les Tambours du Bronx arrasaram no Palco Mundo. O Ghost B.C também não deu descanso. Mas quando os ídolos da noite, Alice in Chains e Metallica aterrissaram na Cidade do Rock, faltou pouco para que o público fosse abaixo. Mais que uma prova de que não é só de pop que vive o festival.
Já na sexta, Frejat voltou ao palco, dessa vez com seus sucessos da carreira solo e dos tempos do Barão Vermelho. O Matchbox Twenty, que veio logo depois, agitou o público com hits como “3 AM“. Mais tarde, o Nickelback fez o primeiro show no Brasil. A plateia delirou ao som de “Photograph” e “Far Away“. E pro final? Claro, Bon Jovi! Não bastassem os hits “Always“, “Livin’ on a Prayer” e”It’s My Life“, Jon Bon Jovi chamou uma fã no palco, com direito a beijo e tudo! O que não faltou foi emoções.
O Skank abriu o penúltimo dia, com sucessos, além de chamar Nando Reis para cantar as últimas músicas. Phillip Phillips chegou tímido, mas encantou as fãs – que cantaram em coro “Home” e “Gone, Gone, Gone“. Depois, John Mayer deu um show de simpatia e de solos, com sua inseparável Fender. “Your Body is a Wonderland“. No fim, Bruce Springsteen fez um dos melhores concertos da edição. Em três (pasmem!) horas, ele se jogou no público várias vezes, chegando até a dar a guitarra para os fãs tocarem no gargarejo! Foram hits atrás de hits, e ainda rolou disposição para fechar a noitada na Lapa.
E, finalmente, no domingo, o Kiara Rocks conquistou os metaleiros não só pelo som, mas nas participações especiais: Marcão, do Charlie Brown Jr. e Paul Di’Anno, ex-vocalista do Iron Maiden. Depois, Slayer arrasou com sucessos como “Seasons in the Abyss” e “Raining Blood”. Na sequência, o Avenged Sevenfold deu o gostinho de quero mais para a galera que esperava o Iron Maiden. E, fechando com chave de ouro, o grupo, liderado por Bruce Dickinson incendiou os fãs, com clássicos como “The Trooper” e “The Number of The Beast“. Saudade é pouco, para tudo o que o Rock in Rio V deixou no imaginário dos fãs.
Amanhã, novamente, continuaremos com nosso especial, falando sobre a sexta edição, já no Parque Olímpico. Até lá!
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