Quem é vivo, sempre aparece! Depois de dedicarmos as últimas semanas à cobertura da Game XP 2019, finalmente pudemos retornar com nossa programação especial sobre o Rock in Rio. Hoje falaremos sobre os 30 anos do festival, que rendeu diversas homenagens e histórias, tanto para o público, quanto para os artistas.
Pela última vez (para a alegria de poucos e tristeza dos saudosistas), o evento foi realizado no Parque dos Atletas. Teve calor, chuvarada e, como diria Preta Gil: “Babado, confusão e gritaria!”. Tudo a ver com RiR, não é mesmo?
O começo
Antes mesmo de setembro chegar, a sexta edição já se mostrava um sucesso. Com ingressos esgotados em pouquíssimo tempo, os fãs já aguardavam ansiosos para os sete dias que estavam por vir. Até porque, não é todo dia que um festival de música faz 30 aninhos.
O dia 18 começou cedo na Cidade do Rock. Nem mesmo a quentura dos 40 graus do Rio espantou a galera, que se refrescou no chafariz próximo à entrada. Ao todo, 85 mil pessoas passaram por lá, só na sexta-feira.
No Palco Sunset, os meninos do Dônica se juntaram ao maestro Arthur Verocai, em mais uma das tantas misturas “improváveis” que deram super certo. Já o Ira!, cantou com Rappin Hood e Tony Tornado, com direito à cover de Tim Maia. Lenine fez bonito, com hits antigos e os novos do então álbum “Carbono“. Aí veio o tributo à Cássia Eller, que não poderia ser mais especial. Grandes amigos e parceiros da cantora, que botou a terceira edição do RiR abaixo, prestaram sua singela homenagem à eterna garotinha. Entre os nomes, Lan Lanh, Martnália, Nando Reis e Zélia Duncan cantaram sucessos como “Malandragem” e “O Segundo Sol“. Ao final Mart e Duncan surpreenderam exibindo os seios, relembrando a performance de Cássia em 2001.
A Rock Street estava toda voltada para a diversidade do país e suas nuances, o que refletiu também no palco Street Dance. E no comecinho da noite, a homenagem aos 30 anos de Rock in Rio abriu os trabalhos do Palco Mundo. E o time, não poderia ser melhor: Andreas Kisser, Blitz, Capital Inicial, Erasmo Carlos, Frejat, George Israel, Ivan Lins, Ivete Sangalo, Ney Matogrosso, Paralamas do Sucesso, Skank e Titãs. Depois, foi a vez do The Script, considerado uma grande surpresa para muitos, seguido do OneRepublic, que também não deixou nada a desejar. Os grandes astros da noite, Queen + Adam Lambert emocionaram do início ao fim. O repertório foi recheado de sucessos dos tempos de Freddie Mercury. E “Love Of My Life”, claro, não ficou de fora.
No sábado (19), o heavy metal já deu as caras desde a tarde, do jeito que os rockeiros gostam. O Sunset acordou com Noturnal + Michael Kiske, seguido do Angra. Dee Snider e Doro Pesch, Ministry e Korn fecharam o line-up para a galera que partiu para o Palco Mundo. O Gojira, que já abriu shows do Metallica, deu o melhor para os brasileiros. Quem não os conhecia, se amarrou e quem já, quis mais. Os caras do Royal Blood também não fizeram por menos. Mas o Mötley Crüe… definitivamente, fez tremer a Barra da Tijuca e com gostinho de despedida. Foi a última apresentação da banda em solos brasileiros, em grande estilo, por sinal. Fechando o segundo dia, o Metallica deu o melhor do melhor. Uma pena que tenham rolado tantos problemas técnicos no palco, mas nada que tirasse o brilho de James Hetfield e seus parceiros.
Domingo (20), foi dia de festa. Mas não uma qualquer. E os brazucas deram o start do palco Sunset. Alice Caymmi e Eumir Deodato cantaram desde composições autorais à Donna Summer (“I Feel Love“) e Led Zeppelin (“Black Dog”). Baby do Brasil e Pepeu Gomes se reencontraram para uma apresentação espetacular. Deu uma saudade de 1985! O MAGIC! também não desapontou. Muito pelo contrário, fez um show à nível de Palco Mundo e com a galera cantando juntinho. Destaque para “No Way No” e “Rude“, que fazia parte da trilha sonora de Malhação naquele ano, e encerrou o show dos caras, além dos covers de “Is This Love?“, “Message In A Bottle” e “Girls Just Wanna Have Fun“. John Legend fechou o dia, trazendo todo seu charme e voz para a Cidade do Rock. Quem não estava apaixonado, bem que queria estar, quando tocou “We Just Don’t Care“.
Os Paralamas do Sucesso abriram o baú de clássicos no Palco Mundo. Quem diria que aqueles garotos ansiosos e tímidos de 30 anos antes iriam retornar com uma bagagem imensa! Seal e seu vozeirão também deixaram seu alô, num dia bem mais tranquilo, comparado ao anterior. Sir. Elton John trouxe toda sua maestria, com um repertório de dar gosto. E Rod Stewart? Que homem! “Have You Ever Seen The Rain?“, “Tonight’s the Night (Gonna Be Alright)”e “Da Ya Thin I’m Sexy?” foram só alguns dos sucessos que fecharam o primeiro fim de semana de festival.
Já acabou, Jéssica?
Bastaram quatro dias de descanso para a Cidade do Rock reacender, no dia 24. E o pessoal do John Wayne e do Project 46 já chegou sem pedir licença ao Palco Sunset. Halestorm, Lamb of God e Deftones vieram na sequência para aquecer a multidão para mais tarde. Dito e feito: o Palco Mundo bombou com o CPM 22, que abriu a noite. O Hollywood Vampires fez um senhor show, com lendas do rock como Alice Cooper e Andreas Kisser (Sepultura). Já o Queens of The Stone Age, que não dava as caras desde 2001, continuou o esquenta para a grande estrela: System Of A Down. A banda de Serj Tankian repetiu o sucesso de 2011.
A sexta-feira continuou mais pesada do que nunca. No Sunset, passaram nomes como André Abujamra, Moonspell, Derrick Green, Nightwish (com participação de Tony Kakko), Steve Vai e Camerata. Já no Mundo, De La Tierra e Mastodon continuaram a pancadaria. E o Faith No More e o Slipknot, que fecharam o quinto dia, foram a cereja do bolo. Faltou foi fôlego e voz para a galera. E olha que ainda tinham dois dias pela frente!
O sábado veio tranquilão, porém nem tanto, com aquele clima de despedida. Rolou de tudo um pouco no Sunset: do punk ao groove, passando pela bossa nova com Brothers of Brazil, Glen Matlock e Sergio Mendes. Lulu Santos trouxe seus sucessos para abrir o Palco Mundo. Destaque para “Assim Caminha a Humanidade”, que colocou todo mundo para pular. E o Sheppard? Simplesmente começou seu show da tirolesa! Sam Smith e sua voz inconfundível não deixaram barato. A lágrima desceu em “I’m Not The Only One“, que abriu sua apresentação. Rihanna fechou com chave de ouro, num show de uma hora e meia, com “Bitch Better Have My Money“.
O domingo (27) chegou, mas sem chororô. Mais ou menos, se colocarmos em conta a chuva que caiu à noite. Suricato e Raul Midón foram os primeiros no Sunset, seguidos de Aurea e Boss AC, Al Jarreau e uma belíssima homenagem aos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro. E no Palco Mundo, o Cidade Negra e o duo AlunaGeorge deixaram tranquilinhos os corações que pulsavam ansiosos por A-Ha e seu retorno triunfal ao festival.
E que retorno, viu?! Nem mesmo Morten Harket soube conter a emoção de ver aquele mar de gente cantando “Hunting High and Low“, “The Sun Always Shines (On TV)” e, lógico, “Take on Me“, com os mesmos arranjos de 1991. E quando a gente pensou que não tinha mais como chorar, veio Katy Perry para desidratar seus fãs. Dos sucessos novos aos mais antiguinhos como “Thinking of You” e “Firework“, e um figurino de dar inveja, a musa deixou saudades.
Era hora de dar tchau! E a gente se despede por aqui, mas só até terça, quando falaremos sobre a sétima edição, em 2017. Até lá!
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