A antiga casa do Rock in Rio se tornou pequena, em relação à dimensão das estruturas montadas logo ao lado para as olimpíadas. Por isso, em 2017 o festival ganharia nova casa: o Parque Olímpico da Barra da Tijuca – um espaço três vezes maior, que garantiu mais atrações e conforto para o público na Cidade do Rock. Além disso, os ingressos, que até então eram de papel, foram transformados em pulseiras, visando maior segurança para o público e evitando a falsificação, um problema recorrente dos outros anos.
Diversão sem limites
A sétima edição foi a nascente de diversas experiências que viriam a ser queridinhas do público. A Game XP – que em 2018, viria como um evento solo – fez um sucesso estrondoso nos sete dias de RiR. Já o palco Street Dance, contou com a apresentação de vários artistas de dança de rua.
A Rock District também chegou em grande estilo. O espaço simulava um bairro, com atrações como a “Wall of Fame“, muro onde várias celebridades deixaram suas mãos gravadas, a “Calçada da Fama” – em homenagem a grandes nomes da música que passaram pelo festival, a Fame Street, que teve exibições de números de dança, e o Boulevard, palco que contou com diversos shows durante todos os dias do festival, entre eles Dinho Outro Preto e George Israel.
A Rock Street também cresceu e teve como tema a África, além de um imenso lago que pegava a maior parte do espaço. Os palcos também ficaram melhor posicionados, com uma separação mais distante entre o Sunset, Eletrônico e o Mundo. A capela, criada em 2015, para os pombinhos que desejassem se casar no festival, também foi renovada.
A Arena Itaú, patrocinada pelo banco, foi um sucesso estrondoso. Vizinho ao Palco Sunset, o local arrastou multidões, nos sete dias de evento. Um dos momentos mais memoráveis, foi o show de Pabllo Vittar e Luísa Sonza, parando a Cidade do Rock durante a tarde do dia 15 de setembro. Outros patrocinadores, como a Doritos, Heineken e Coca-Cola também não ficaram para trás, apostando desde bandas de garagem à dar espaço aos fãs soltarem seus gogós e terem seus 15 minutos de estrelato.
O Digital Stage, também foi um dos pontos altos do evento. O espaço foi criado para receber youtubers e influenciadores digitais em destaque, para bate-papos com o público e batalhas de humor. Entre os mais famosos que passaram por lá, estiveram Felipe Castanhari (Canal Nostalgia), Whindersson Nunes e Christian Figueiredo.
O parque de diversões contou com a tradicional tirolesa no Palco Mundo, roda-gigante, montanha-russa e um mega-drop (Kabum). Um fato que agradou, foi a possibilidade de o público poder selecionar os horários que gostariam de se divertir – o que diminuiu bastante as filas, grande problema dos outros anos.
E com isso tudo, será que ainda rolava um tempinho para matar a fome? Com certeza! Não faltaram opções de quiosques ou vendedores que transitavam pelo Parque. Os banheiros também aumentaram e a manutenção e organização também foram bastante elogiadas.
Salve a Amazônia
O Rock in Rio VII foi aberto por um belíssimo discurso com viés ambiental feito por Gisele Bündchen. A modelo lançou o projeto mundial Believe Earth/Amazônia Live (causa apoiada pelo RiR), com uma fala emocionada ao lado de Ivete Sangalo.
“Sonho com o dia em que encontraremos o equilíbrio entre o ter e o ser, o desfrutar e o preservar. Sonho com o dia em que viveremos em harmonia, em total harmonia, com a mãe terra. Cada um tem um impacto nesse mundo, só temos de decidir qual impacto queremos ter”
“Brazil, I’m devastated”
Mas, como nem tudo são flores, uma das atrações mais esperadas para o festival acabou cancelando na véspera de seu show: Lady GaGa. A cantora precisou cancelar vários shows, por conta da fibromialgia, doença que a acometeu um tempo antes e que lhe rende diversas crises de dores no corpo. Na época, uma frase presente no post feito pela dona de “Bad Romance“, se tornou um meme que ecoa nos corações dos fãs brasileiros até hoje: “Brazil, I’m devastated“.
Apesar de toda dificuldade da produção em substituir a Mother Monster, nos 45 do segundo tempo Roberto Medina bateu o martelo: a banda Maroon 5, que tocaria no sábado (16), foi a escolhida. Houve a possibilidade de reembolso para o público que desistisse de ir, mas muitos decidiram comparecer, de modo a homenagear sua rainha ou venderam os ingressos na entrada do Parque Olímpico.
Hora do show, time!
O line-up deixou a desejar, se comparado à outras edições do RiR, como 2011. Por outro lado, o público não deixou de curtir em momento algum.
O primeiro dia de shows, ainda que começasse sob muitas reclamações – devido a falta de Lady GaGa – conseguiria divertir a galera. Começando no palco Sunset, que trouxe atrações como Fernanda Abreu e o Dream Team do Passinho. O público não ficou parado, com a chuva de sucessos nacionais. E dando continuidade ao fervo, nossa rainha Veveta (Ivete Sangalo) transformou a Cidade do Rock no Carnaval de Salvador.
Os Pet Shop Boys, liderados por Neil Tennant, vieram logo em seguida, com hits da década de 80. Apesar do público não ter a mesma vibe, a banda conseguiu levar numa boa. Depois, o 5 Seconds Of Summer subiu ao palco para um show mais comedido, que agradou aos fãs. Porém, os caras precisaram fazer um esforço para atrair a maioria, por terem um público majoritariamente adolescente. E por fim, Maroon 5 subiu ao palco com toda a energia e carisma já conhecidos por todos. Apesar da tristeza dos “Little Monsters“, o show foi bastante elogiado pela crítica e pelos presentes. Adam Levine passou a maior parte da apresentação sem camisa, para a alegria da maioria.
Seguindo a regra dos outros anos, o sábado também começou com brasileiros no palco Mundo. O Skank colocou todo mundo pra pular e cantar junto os seus maiores sucessos, entre eles “Garota Nacional“, “Acima do Sol” e “Vou Deixar“. Logo depois, Shawn Mendes chegou com todo seu charme e pop romântico, dando um show de simpatia com as fãs brasileiras, que suspiravam a cada canção.
Fergie foi a penúltima atração da noite. Apesar das falhas, sobretudo com o uso de playback e os problemas no microfone, a cantora conseguiu segurar a plateia trazendo surpresas e um repertório bastante variado. Pabllo Vittar fez uma participação especial em “Glamorous”, além de dar uma palinha de “Na Sua Cara”. Sergio Mendes e Gracinha Leporace também deram uma passadinha por lá, cantando “Mas Que Nada” – que levou o Black Eyed Peas, antiga banda de Fergie, ao estrelato nas terras brasileiras.
E para fechar com chave de ouro, mais uma vez o Maroon 5 encantou a Cidade do Rock. Apesar de ser um show semelhante ao do dia anterior, a energia e o carisma da banda seguraram o público.
Frejat abriu o primeiro domingo (17/09) do RiR VII, com um show carregado de hits que embalaram o público. A banda Walk The Moon subiu ao palco, em seguida, e colocou todo mundo para pular com o hit “Shut Up and Dance”. Alicia Keys, a penúltima atração da noite, fez um show incrível, mesmo sem uma grande produção, comparado às estrelas do pop. E encerrando o primeiro fim de semana, Justin Timberlake fez um megashow, recheado de singles consagrados pelos fãs, como “Summer Love”, “Suit & Tie”, encerrando com “Mirrors”.
Fiquem ligados, que amanhã chega a segunda parte deste especial, com os shows do últimos 4 dias de Rock in Rio 2017. Até lá!
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