Tá começando mais um MixTape e como de costume, estamos trazendo algumas músicas para abrilhantar o seu dia e aguçar seus ouvidos. Na semana passada, eu trouxe uma seleção de Divas Brasileiras que todo mundo conhece. Pelo menos todo mundo no Brasil, eu acho. O fato é que esse Mix bem conhecido, me deu vontade de falar sobre artistas, cantores e bandas não tão famosas assim, que merecem nosso reconhecimento.
Já comentei por aqui algumas vezes que vivo fazendo pesquisa sobre as ‘novas vozes’ da música brasileira, assim como já lhes apresentei a banda Canto Cego, os cantores e compositores Caê Rolfsen e Du Masset, além de ter feito uma lista de alguns dos artistas contemporâneos na pauta “Música de Qualidade Quebrando Tabus“. Tem música para todo e qualquer tipo de gosto, afinal o Brasil é um dos países que mais produz música no mundo. E, diga-se de passagem, produzimos música do mais alto nível, em várias vertentes, que infelizmente não chegam ao grande público.
Para essa semana, selecionei alguns que adoro ouvir em casa, no celular e até se eu for responsável pelo MixTape da social entre amigos, muito provavelmente colocaria essas músicas para tocar. Se estivesse de acordo com a vibe da galera, é claro. Então, limpem bem seus ouvidos e preparem seus coraçõezinhos que vem muita música boa por aí.
Começando por uma que conheci recentemente e que tocou fundo a alma desse que vos escreve. O duo formado pelos paulistanos Lívia Humaire e Markus Thomas, Versos Que Compomos Na Estrada, me foi apresentado por um amigo e desde então, escuto quase todo dia. Com dois álbuns lançados, um deles ao vivo, e um EP, foi bem difícil escolher uma das preciosidades para colocar aqui, mas tem um single que é capaz de te ‘arrasar’ no melhor sentido da coisa. Sente só…
Seguindo essa vibe tranquila e ainda na terra da garoa, temos um artista que confesso que ainda não escutei uma música regular e/ou ruim em seus 8 CDs já lançados. Todos para download gratuito em seu site. Estamos falando de Phillip Long e seu som folk, com tons oitentistas e muita brasilidade. Com uma voz bem suave, cantando em português ou em inglês, Phillip é um dos melhores cantores nacionais que ouvi nos últimos anos. Poesia pura em letra e melodia.
Vamos sair do sudeste e partir para o norte do país, mais especificamente para o Amapá. Nascida em Macapá, Patrícia Bastos cresceu em um ambiente completamente musical e pude conhecer seu enorme talento em 2013, antes de ganhar os prêmios de Melhor Disco Regional e Cantora Regional, no 25º Prêmio da Música Brasileira, pelo seu 5º álbum, “Zulusa”. Até hoje me mantenho impressionado por sua musicalidade e sua voz, que são duas coisas que não dá pra explicar ou definir, só ouvindo mesmo para entender.
Outra voz que me apaixonei desde a primeira vez que ouvi é a da Verônica Ferriani. Seu som indie, cheio de poder e ironia faz de seu álbum “Porque a Boca Fala Aquilo Do Que o Coração Tá Cheio” uma preciosidade. Por mais que você possa pensar na Marisa Monte, o que eu também fiz no início, sua essência vai além e tem sua própria identidade – que identidade maravilhosa meus caros – nos expondo uma atraente transgressão #girlpower contemporânea.
E eis que agora lhes apresento um artista que possui uma música que me inspirou muito e ainda me inspira. Por ser uma poesia musicada, praticamente uma versão contemporânea do trovadorismo, “Sereia da Noite” é, sem dúvida alguma, de longe, a minha canção preferida do cantor e compositor Flávio Tris. Porém, sua poética nos emerge numa sensação de aconchego tão gostoso, que foi difícil escolher só uma para colocar aqui, mas vamos de “Pra Ver a Voz”.
Nossa penúltima selecionada, infelizmente, é de uma banda que não faz mais shows e devido à dificuldade financeira de viver da própria música – que tristeza escrever isso – os integrantes da Simonami acabaram desfazendo a banda. Existe a esperança e boatos de um retorno, mas até agora nada oficialmente foi divulgado. Enquanto isso, temos disponíveis dos álbuns incríveis, “Simonami” e “Então Morramos”, para ouvirmos. Entre as tocantes músicas, escolhi uma que brinca com a nossa infância e facilmente dialoga com qualquer pessoa. É tão “bunitinha” que a gente quase vomita arco-íris.
Para finalizar, indo do 08 ao 80 literalmente, escolhi uma banda que eu particularmente “cresci” ouvindo. Não sei vocês, mas confesso que, como um bom mineiro, adoro um arrasta pé e obviamente teríamos um por aqui. Em 2006, fui apresentado à banda belo-horizontina Menina do Céu e ela virou meu vício instantâneo e me acompanha até hoje. Eu tenho o primeiro álbum físico deles, “O Dia Em Que O Sol Declarou-Se Para A Lua”, que além de músicas originais incríveis, ele ainda conta com versões forrozeiras de “Lança Perfume”, “Frevo Mulher”, “Foi Deus Quem Fez Você” e a incrível “Habanera (Carmen)”, mas a escolhida é a música que dá nome à banda.
De coração cheio e com a alma bem mais leve depois desse MixTape eu vou ficando por aqui. Esse especial não é só para vocês conhecerem, mas para se apaixonarem por alguns dos muitos artistas incríveis da música brasileira que provavelmente ainda não pode aproveitar. Um cheiro, um abraço e aquele beijo gostoso! Até…
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