“Extinção” é o novo filme original da Netiflix, e assim como “Próxima Parada: Apocalipse“ e “Aniquilação“, esse filme também traz a premissa de uma temática apocalíptica onde a raça humana está ameaçada.
O longa acompanha Michael Peña (de Homem Formiga e a Vespa) como Peter um homem atormentado com pesadelos onde tem visões de uma invasão de alienígenas a terra. Esses sonhos começam a afetar seu trabalho e seu relacionamento com sua esposa Alice, vivida pela atriz Lizzy Caplan. Quando uma invasão alienígena realmente acontece Peter precisa lutar para salvar a vida de sua esposa e de suas duas filhas levando-as para um local seguro.
O filme possui um roteiro bem amarrado, mas que a primeiro momento parece confuso. No primeiro ato o roteiro te deixa curioso a cada flash que o personagem Peter tem de invasões alienígenas e quando essa acontece no segundo ato , o clima muda e a tensão toma conta sendo possível aos espectadores mais suscetíveis levarem alguns sustos. Mas é no terceiro ato que a estória realmente se mostra bem trabalhada com sequencias de ação, tensão e reviravoltas que guiam o filme a um final bem elaborado e que deixa abertura para uma continuação. O debate implícito na história e que só entra em destaque no terceiro ato é um dos pontos altos do filme e o torna mais interessante.
Em alguns momentos a direção Ben Young se perde nas cenas de ação deixando as mesmas confusas, entretanto isso não atrapalha o andamento da estória. As cenas onde criam-se expectativas e tensão, estas sim são bem feitas e conseguem prender o espectador causando angustia.
A fotografia é bem feita, e consegue passar bem o clima das cenas, seja as que antecedem a invasão, as que ocorrem durante a invasão, essas com alguns enquadramentos bacanas que aumentam a tensão durante a fuga da família, ou durante toda a ação incisiva que leva ao terceiro ato do filme.
Por sua vez, os efeitos especiais não se destacam no filme, não que estes sejam péssimos mas não existem cenas onde seja necessário algo realmente surpreendente nesse quesito. Nas poucas cenas onde os efeitos especiais são aplicados eles são razoáveis.
Isso acontece pois o foco do filme apesar de aparentar ser, não é mostrar uma destruição em massa vide filmes como “Guerra dos Mundos” ou “Independence Day”. “Extinção” se prende em um núcleo reservado a família de Peter mas especificamente no próprio personagem do inicio ao fim, conseguindo desenvolver bem a história do mesmo sem nececessitar desenvolver o quadro geral da invasão alienigina em si.
Michael Peña surpreende com uma atuação segura, conseguindo transmitir de forma sucinta os sentimentos e angustia vivido pelo personagem que primeiramente ver-se atormentado por pesadelos e depois assiste eles se concretizando fazendo com que ele precise salvar sua família. Entretanto Lizzy Caplan consegue ser o oposto e segue apática durante todo o filme, com pouquíssima expressividade. As meninas que interpretam as filhas do personagem Peter, dispõem de atuações razoáveis e são aquelas personagens infantis clichês desse tipo de filme mas que no final são uteis a estória.
Finalizando, Extinção é um filme de ficção cientifica que trás debates atuais e interessantes para se pensar, o roteiro entrega reviravoltas bem plantadas e vale destacar as cenas tensas que são muito bem feitas. Este com certeza é um dos filmes originais da Netflix que vale a pena conferir, apesar de não ser uma produção gigante de esfeitos especiais fantásticos o filme consegue entregar sua mensagem de maneira correta e é seguramente um ótimo sci fi.
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