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CríticaFilmes

Crítica: O Fantasma da Sicília

Rita Constantino
4 de setembro de 2017 4 Mins Read

O Fantasma da Sicília posterA história da Chapeuzinho Vermelho pode ser lida como um alerta sobre pedofilia. Já quanto à Bela Adormecida, o que não nos contavam é que o príncipe não a salva com um beijo, mas a violenta sexualmente. Porém, se as fábulas são uma alegoria da vida real, a dureza da vida real também pode ter cara de fábula: é a proposta de “O Fantasma da Sicília”, longa audacioso que abriu a Semana da Crítica do Festival de Cannes deste ano, mas que diante de tanta ousadia, acaba se perdendo no meio do caminho.

Inspirado no caso de Giuseppe de Matteo – jovem que foi sequestrado, e posteriormente morto, pela máfia italiana em 1993 –, o filme escrito e dirigido por Fabio Grassadonia e Antonio Piazza conta história de amor entre Giuseppe (Gaetano Fernandes) e Luna (Julia Jedlikowska), dois adolescentes que veem a sua chance de ficar juntos abortada quando o menino é raptado. Indignada com a inércia da comunidade frente ao desaparecimento do rapaz, a garota não perde as esperanças de descobrir seu paradeiro, enquanto ele só tem a memória de Luna para manter as forças no cativeiro.

Política, romance e fantasia. Esse é o tripé que conduz a produção, que flertando com os paralelos possíveis entre o real e o fantástico – o que já foi exercitado antes por títulos como “O Labirinto do Fauno” (2006) –, surpreende não só com a inventividade de sua narrativa e o espetáculo estético que proporciona, mas também com a capacidade de perder o controle sobre si mesma.O Fantasma da Sicília 10

Em termos visuais, o projeto deixa qualquer um boquiaberto. Desafiadora, a direção dos cineastas italianos trabalha com ideias sofisticadas. Com transições afiadas, por exemplo, os chamados raccord, ele consegue sair do fundo de um lago para um poça de água na calçada, onde vemos pela primeira vez o protagonista; uma pista para tragédia que marca o final. Já com a câmera rasteira consegue criar tensão ao acompanhar os passos de Luna e com lentes grandes angulares que deformam a imagem – trabalho de fotografia de Luca Bigazzi –, os espaços, como a floresta e a casa de Giuseppe, ficam ameaçadores, fantasmagóricos.

Fantasmagoria em que parece mergulhar a Sicília. Em um momento da projeção, um dos personagens sugere que a ilha italiana pertence às criaturas fantásticas como ninfas e espíritos, conceito que Grassadonia e Piazza abraçam: a todo momento parece que os adolescentes estão sendo observados; planos subjetivos que nunca descobrimos a quem pertencem.

A aura de misticismo não é explícita, mas é opressiva. Água, floresta, coruja, cavalos transformam-se em signos na narrativa, elementos desse conto de fadas que nunca sabemos se o que acontece é real. Elegante, em pequenos detalhes do design de produção é possível ver o cuidado em criar pontes com o universo das fábulas. A jovem heroína, com seu casaco vermelho, caminha pela floresta como a menina de capuz da estória de Hans Christian Andersen. Sua mãe, em contrapartida, com quem ela não tem um bom relacionamento, é uma mulher severa que se veste em cores sóbrias como uma dama do século XIX e em um momento da trama insiste que a filha leve, vejam bem, uma maçã.

Quem dera todas essa polidez estética se aplicasse também ao roteiro. Intercalando a narrativa ao que acontece com o casal – ele no cárcere, ela tentando descobrir sua localização –, o texto constrói personagens com profundidade – muito bem interpretados pelos jovens atores –, mas que ficam limitados a seus infortúnios.

Caracterizando Luna como uma menina devota a seu amor, cuja obsessão, em um primeiro momento, é admirável uma vez que insiste em quebrar o silêncio entorno de um tema tabu como o crime organizado na Itália, no roteiro faltam nuances em sua personalidade para desenvolver no espectador um sentimento fundamental: identificação. A sua relação com a família – em especial o conflito com sua progenitora – e com o próprio meio onde vive é pouco aproveitada e poderia acrescentar-lhe mais camadas. Giuseppe sofre menos desse problema, já que seu arco dramático enxuto é eficiente em mostrar a degradação do garoto, até o momento de sua morte.

Com dificuldades de estabelecer os acontecimentos do ato final, o que afeta gravemente seu ritmo, “O Fantasma da Sicília” usa mais tempo que o necessário para desenvolver um enredo simples. Elegância é importante, mas só ela não consegue eliminar um sabor estranho que se sente ao concluir esse filme. Enfado.

“Fantasma da Sicília” é um dos filmes em exibição no  8 1/2 Festa do Cinema Italiano. Confira a programação.

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Tags:

Drama

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Rita Constantino

1995. Cobra criada em Volta Redonda. Um dia acordou e queria ser jornalista, não sabia onde estava se metendo. Hoje em dia quer falar sobre os filmes que vê e, se ficar sabendo, ajudar o Truffaut a descobrir com que sonham os críticos.

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