Em algum momento, há pouco tempo, a adaptação de “Sonic” para os cinemas tinha tudo para ser um desastre. Muitos lembram de quando vazaram cartazes com o visual nada interessante do personagem. Por sorte, ocorreu algo que raras vezes acontece, a Paramount ouviu os fãs do ouriço azul, imortalizado nos games da SEGA, e mudou tudo. Assim, conseguiu entregar nostalgia visual e referencial no filme de 2020. O resultado: Boas críticas e sucesso entre público adulto e infantil. Isso, em conjunto com a boa bilheteria, garantiu que a sequência fosse confirmada e logo “Sonic 2” invadirá as salas de cinema.

Há ressalvas sobre a nova história. Apesar de, em aspectos gerais, cometer tantos erros e também demostrar acertos como ocorreu com o anterior, o fato é: Havia potencial para algo melhor.
O longa tem uma boa premissa. A base da história dentro do universo já conhecido dos games (e que vem sendo mesclado com a proposta humana dos cinemas) é agradável. No entanto, o roteiro de Worm Miller, John Whittington e Patrick Casey é incapaz de desenvolver tudo que tem em mãos sem se perder em alguns pontos. E, ao invés disso, consegue entregar uma barriga nas cenas que saem do foco os protagonistas e entram a desinteressante trama humana, principalmente na parte que tenta trazer humor.
Aliás, qual a necessidade desses personagens fazendo humor em um filme onde o carisma do Sonic basta para piadas e referências aos montes? E aí está um dos acertos do longa. O filme, dando continuidade ao anterior, mantém a identidade juvenil do personagem com pontos de amadurecimento, que conversa com o público infantil, mas também agrada adultos. Com a chegada dos novos personagens, Tails e knuckles, ganha ainda mais opções de movimentos, sejam diálogos ou cenográficos para prender a plateia. E esses dois últimos conseguem ter destaque suficiente para desejarmos tê-los ainda mais em tela.

Vale destacar, mais uma vez, assim como foi no primeiro longa, o encaixe perfeito de Jim Carrey no papel de Robotnik. Agora com um visual mais próximo aos jogos, o personagem está completamente caricato e isso é ótimo. É também necessário relatar aqui que o roteiro é falho, não pelas motivações frágeis do personagem ou pelo seu desenvolvimento pífio. Afinal, a intenção do filme não é ser complexo nesse ponto. A questão está em como se resolvem os conflitos que assistimos, algo preguiçoso e pouco impactante.
Por sua vez, um recurso que o longa sabe utilizar ao seu favor são os efeitos especiais. A direção de Jeff Fowler tem seus melhores momentos nessas cenas, muito provavelmente por ser ajudado pelo lado visual, mas a mesma direção ainda desliza ao trazer a interação familiar de Sonic e entre os humanos da história, a ponto de algumas cenas destoarem completamente do momento seguinte ou anterior.
Por fim, vale ressaltar que o “Sonic 2” deixa inúmeras possibilidades para o futuro. A principal novidade ficará na cena pós créditos, que deve deixar muita gente empolgada. E, apesar de não ser um filme perfeito, mantem o nível do anterior e deve fazer o mesmo sucesso com o público.
“Sonic 2” terá pré-estreias oficiais a partir do dia 6 de abril.

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