Um musical está sendo cotado para ganhar as maiores premiações de 2017. Lalaland é um grande candidato para estar no mesmo patamar de outros filmes musicais como Chicago e Moulin Rouge. O cinema apostar na música para atrair o público não é novidade. A TV segue os mesmos passos.
Já falei aqui antes de Cheias de Charme, que além de usar a música uniu com usar outras plataformas para alçar as protagonistas ao papel de estrelas. A Globo segue apostando em novelas musicais e coloca na horário das 19 horas a produção Rock Story, que faz um mix de entre um decadente rockeiro, uma boy band e um cantor de pop chiclete. A história funciona, se não tivermos grandes expectativas, e é um alívio para o horário que antes passava romances insossos.
Malhação é uma novela que está no ar há muitos anos e já colocou em suas temporadas alguns enredos musicais. Sem dúvidas o que mais funcionou foi a temporada de 2004/5, de onde saiu Marjorie Estiano, que dava vida a Natasha. O roteiro foi o mesmo de todas as temporadas: a mocinha, o mocinho e a vilãzinha, e introduziram canções de uma banda fictícia que tinha como integrante a personagem de Marjorie, que fez tanto sucesso que acabou lançando um disco com as músicas que cantava lá.
Saindo do Brasil, o México é um país que já tem tradição com novelas musicais. Eles apostam muito nesse tipo de produção e acaba dando dão certo que várias vezes bandas formadas dentro de narrativas televisivas tiveram sobrevida no lado de fora. Provavelmente, a mais famosa de todas é Rebelde. A novela de 2004 contava a história de 6 adolescentes ricos que não tinham nada em comum a não ser o amor pela música. A banda vendeu seus produtos como alguém conseguiria vender água no deserto e as músicas deles foram cantadas a exaustão por milhares de crianças e adolescentes mundo afora. É, provavelmente, o maior produto latino até hoje e mesmo com outras versões, sem esquecer de citar a produção original argentina, conseguiu feitos inigualáveis até o momento.
Para terminar, vou aproveitar que citei a Argentina e continuar com ela. A autora de Rebelde Way, versão original de Rebelde, é também autora de muitas outras novelas musicais que fizeram sucesso, como Floricienta (Floribella no Brasil), Casi Angeles (Quase Anjos) e por fim Chiquititas. Ainda que quase todas as suas novelas tiveram um êxito enorme, vou me concentrar na que mais recordações me traz: Chiquititas. A novelinha que contava a história de oito meninas que viviam em um orfanato conquistou o Brasil e a Argentina e ganhou muitas temporadas nos dois países. As músicas, roupas e vários outros produtos tomaram conta dos dois países e colocaram tudo que passava dentro daquele universo como o mais top para as crianças que acompanhavam aquela história.
O cinema aproveita da música para fazer boas produções e a TV de vez em quando vai para o mesmo lado. Algumas vezes dá certo, algumas vezes é melhor esquecer. Mas é uma boa mostra de que todas as artes caminham em um mesmo sentido.
PS: Não falo da qualidade de nenhuma produção citada. E também não estou fazendo comparação entre elas.
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