Missão Impossível, de 1996 a 2025, a saga de Ethan Hunt redefiniu o cinema de ação com adrenalina, reinvenção e acrobacias insanas

Desde que Tom Cruise escalou o teto de um trem em alta velocidade no primeiro “Missão Impossível” (1996), a franquia se consolidou como uma das mais longevas, inventivas e consistentes séries de ação da história do cinema. Ao longo de quase três décadas, o agente Ethan Hunt embarcou em missões cada vez mais desafiadoras, transformando cada novo filme em um espetáculo de tensão, tecnologia e acrobacias insanas — quase sempre realizadas pelo próprio Cruise. Com o oitavo capítulo prestes a chegar, revisitamos a jornada da IMF e destacamos os marcos que fizeram dessa franquia uma verdadeira missão de sucesso.

A jornada começou em 1996, com Brian De Palma à frente do primeiro “Missão Impossível“, um thriller de espionagem que apostava mais no suspense do que na ação desenfreada. Tom Cruise já mostrava ali sua dedicação física e sua habilidade para conduzir sequências icônicas — como a invasão silenciosa à sala protegida da CIA, que se tornou uma das cenas mais lembradas do cinema. O sucesso foi imediato: com US$ 457 milhões arrecadados mundialmente, o longa consolidou uma nova franquia.

Em 2000, “Missão Impossível 2“, dirigido por John Woo, dobrou a aposta em ação estilizada, duelos de moto, slow motions e uma pegada romântica mais pronunciada. Apesar de dividir a crítica, foi um sucesso de público, com US$ 546 milhões em bilheteria. O terceiro capítulo, lançado em 2006 sob o comando de J.J. Abrams, trouxe um tom mais sombrio e pessoal para Ethan Hunt, incluindo um casamento em risco e um vilão inesquecível vivido por Philip Seymour Hoffman. O filme revitalizou a série após um hiato de seis anos e pavimentou o caminho para sua evolução.

Foi a partir de “Missão Impossível – Protocolo Fantasma“ (2011), dirigido por Brad Bird, que a franquia passou a se reinventar por completo. A escala das cenas de ação aumentou — vide a icônica escalada do Burj Khalifa, em Dubai — e o humor foi incorporado com mais naturalidade, especialmente com a presença de Simon Pegg como Benji. O sucesso crítico e comercial elevou a franquia a um novo patamar.

Em “Nação Secreta“ (2015), Christopher McQuarrie assumiu a direção e trouxe um tom mais coeso e sombrio, introduzindo a antagonista organização Sindicato e personagens marcantes como Ilsa Faust (Rebecca Ferguson). McQuarrie se firmou como o diretor definitivo da franquia, retornando para “Efeito Fallout“ (2018), considerado por muitos o melhor da série até então. Nele, a trama de espionagem atinge seu ápice com sequências espetaculares — como o salto HALO e a perseguição em Paris — e dilemas morais que colocam o protagonista entre a missão e seus valores humanos. O filme arrecadou mais de US$ 791 milhões e obteve 97% de aprovação no Rotten Tomatoes.

Em 2023, após a pandemia adiar o cronograma, “Missão Impossível – Acerto de Contas – Parte 1“ chegou aos cinemas como o início do desfecho da saga. Com 2h43 de duração, o longa é uma corrida intensa contra o tempo, onde Ethan e sua equipe enfrentam a ameaça de uma poderosa inteligência artificial que pode desequilibrar a ordem mundial. Com locações deslumbrantes, cenas de ação meticulosamente coreografadas e um tom mais melancólico, o filme foi aclamado por crítica (96% no Rotten Tomatoes) e público (94%). Hayley Atwell brilha como a enigmática Grace, nova adição à franquia, e a parceria entre ela e Ethan adiciona uma camada emocional inédita.

Agora, a missão chega ao fim. “Missão Impossível – O Acerto Final“, com estreia marcada para 22 de maio de 2025, promete encerrar (será?) a saga de Ethan Hunt em grande estilo. Ainda sob direção de McQuarrie, o filme continuará os eventos catastróficos provocados pela entidade digital apresentada no filme anterior, enquanto Hunt se vê confrontado por líderes globais e dilemas éticos mais complexos do que nunca. A promessa é de um encerramento épico, com mais ação prática, reviravoltas e — como sempre — Tom Cruise se arriscando por completo para entregar uma experiência cinematográfica única.

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De 1996 a 2025, Missão Impossível se reinventou sem perder sua essência: uma mistura eletrizante de espionagem, adrenalina e humanidade. Ao final desta jornada, o legado de Ethan Hunt e da IMF estará gravado não só na história do cinema de ação, mas também na memória de uma geração que aprendeu que, com Tom Cruise, nenhuma missão é impossível.