O documentário de Oliver Murray, “Now and Then”, celebra o legado atemporal dos Beatles
“Now and Then” é um curta-metragem de 12 minutos escrito e dirigido por Oliver Murray. O título do documentário faz referência à última canção produzida pelos membros remanescentes da banda – Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr – no período entre as mortes de John Lennon e George Harrison.
A conclusão dessa música foi um processo longo que se estendeu por quase 30 anos. A gravação original de John Lennon, com voz e piano feita na década de 70, foi entregue por Yoko Ono aos demais integrantes em 1994.
Neste ano se iniciou o processo de produção que contou com a guitarra inconfundível de George Harrison, mas só foi concluído em 2022.
Frequentemente, uma obra é considerada eterna quando ela perdura na história, independentemente de seus criadores. Claro, o legado dos Beatles é de natureza universal e perdura há décadas.
“Now and Then” demonstra de forma tangível o que significa um legado!
O documentário é comovente em sua capacidade de emocionar. Apesar de não ser “Beatlemaníaca” e nem contemporânea dos Beatles, reconheço a importância dos Beatles na história da música e o quanto eles são referências (E ainda assim, me vi emocionada diante do impacto de seu legado. Cheguei quase a chorar. Imagine então os fãs!).
Geralmente, ao falar sobre legado, tendemos a associá-lo a bens materiais. No entanto, na fita mostrada no documentário, havia algo muito mais significativo:
Era uma memória de um passado distante, mas que se fazia presente e intenso para os membros remanescentes da banda. A emoção deles é palpável!
Ver Sean Ono Lennon, filho de John e Yoko Ono, relembrar os momentos em família permeados pelas composições do pai e ouvir a gravação original, com voz e piano, é uma experiência emocionante.
O legado deixado por John Lennon para a banda e para a família é o que o torna eterno.
Uma ponte entre o passado e o presente.
A edição do documentário mescla momentos atuais dos três membros com imagens de arquivo em que eles aparecem praticamente nas mesmas posições, além de incorporar recursos gráficos referentes a sucessos como “Yellow Submarine” e outros.
É indiscutível: sem os recursos tecnológicos atuais, produzir essa música representaria um desafio ainda maior. O mais incrível é considerar a sonoridade única dos Beatles e a marca inconfundível de Lennon em sua voz e letra.
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O documentário e o clipe oficial da música estão disponíveis no Disney Plus e no canal dos Beatles no Youtube. Além disso, os álbuns “The Beatles 1962-1966“ (conhecido como “The Red Album”) e o “The Beatles 1967-1970“ (“The Blue Album”) serão relançados ainda em novembro.
E, é claro, a turnê de Paul McCartney no Brasil a partir do fim de novembro é imperdível!
Vida longa ao legado dos Beatles!
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