Tem coisa melhor do que falar sobre aquilo que se gosta? Para uma edição especial de nossas listas tradicionais, separamos 10 animes que consideramos o crème de la crème entre vários gêneros e demografias — lembrando que esta é uma escolha pessoal, e por isso compartilhar conosco o seu top pessoal é muito bem vindo! Sem mais delongas, esses são os 10 Melhores Animes de todos os tempos (para a gente!).
Rosa de Versalhes

Quem acompanha a Woo! talvez esteja calejado de saber do nosso apreço por essa joia dos anos 70. Há todo um charme que não deve ficar fora do radar mesmo por aqueles que tem preconceito com animações antigas. O influente trabalho de Riyoko Ikeda, muito além do shoujo, talvez esteja muito melhor representado nas telinhas do que nas páginas dos mangás — e irõnico que seja: um mangá sobre o Século XVIII fazer tanto sentido para um público de 2024.
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Sinopse: “Oscar de Jarjayes” se torna guarda pessoal da rainha Maria Antonieta na França absolutista, prestes a estourar em revolução. Entre os dramas da corte e conflitos pessoais, Oscar — criada como um garoto pelo seu pai para lhe suceder — se verá no meio do fogo cruzado entre seu dever profissional e moral: proteger a rainha ou se juntar aos rebeldes?
Shinsekai Yori

“Do novo mundo”, adaptado de premiada light novel homônima, é um romance distópico em uma sociedade futurista, protagonizado pelos olhos de cinco crianças conforme vão amadurecendo — seriam seus pontos de vista delírios de narradores não confiáveis ou há algo de muito errado nessa sociedade aparentemente perfeita?
A narrativa de “Shinsekai Yori” é lenta, há muitos diálogos e contemplação, menos ação e mais suspense. Isso, somado com não possuir uma abertura própria, bem como ter uma animação que beira o vale da estranheza, contribui para não ser dos títulos mais populares, contudo rende um contato artístico de frescor sem igual.
Sinopse: Em um futuro em que a humanidade possui poderes psíquicos, a civilização alcançou um alto nível de paz e uma sociedade aparentemente perfeita. Por trás dessa aparente utopia a humanidade esconde podres segredos, como irá descobrir um grupo de cinco crianças.
Shigatsu wa Kimi no Uso

Opiniões no calor do momento passam pela difícil tarefa de julgar longe do efeito manada, e “Your Lie in April” nasceu como um clássico desde a sua estreia, e nada como 10 anos passados para melhor avaliar isso — o que é que torna o título tão especial?
Falar sobre temas delicados não é nenhum mérito por si só, é preciso de cuidado e uma intervenção artística inteligente, afinal, a arte não é uma mera réplica da vida — o que “Shigatsu” tem de sobra. Os diálogos podem não ser os mais verossímeis para jovens de catorze anos sob condições de trauma e/ou grande estresse, mas quando uma obra é boa, quem é que se importa com essas coisas? É a chamada suspensão da descrença.
Shigatsu traz cores em vários sentidos para esse original em mangá. As experiências sinestésicas do protagonista e a retratação de seu trauma ganham novas dimensionalidades, porém ainda abstratas. Não há vilões e mocinhos, a vida dá à mesma medida que tira, e ela não é a mesma para nenhum ser humano — o que não a faz valer menos a pena.
Sinopse: Apelidado de “metrônomo humano”, Arima Kousei já foi um promissor prodígio mirim do piano, passando por duras e longas sessões de treinamento com sua mãe, que, descobrindo estar terminalmente doente, queria que seu filho conseguisse ser bom para se sustentar. Kousei desenvolve um grande trauma com o instrumento, perdendo a habilidade de ouvir as notas que toca, mas seu mundo começa a mudar quando ocnhece Kaori Miyazono, uma jovem violinista não ortodoxa que o mostra que música é muito mais que reprodução.
Steins;Gate

Integrante do time de animes que mentem para você, “Steins;Gate” começa como um aparente slice of life, talvez mais obscuro que o necessário, e de repente se torna um thriller sobre viagem no tempo. O que parece descartável à trama, em uma reassistida, se revela fundamental na construção de cada personagem, sem que isso as descaracterize.
Sinopse: “Rintarou Oukabe” é um cientista maluco com uma estranha tendência à teorias da conspiração. Ele estuda o potencial de fenômenos psíquicos junto a seus amigos, tendo criado um aparelho que altera a forma de objetos. Rintarou desconfia que esse aparelho, um aparente simples microondas, é capaz de enviar informações ao passado — e agora o governo está atrás deles.
Lovely Complex

Assistir “Lovely Complex” como primeiro anime romântico é um problema dos grandes — é experimentar o melhor dos pratos sem saber que não irá provar algo no nível outra vez. As referências culturais, e o uso do dialeto de Kansai, não se perdem com uma mensagem que é universal, e possui uma das melhores execuções de queima lenta (e verossímil) — o velho arroz com feijão, e que prova que fazendo direitinho não tem problema ser clichê.
Sinopse: “Risa” é considerada uma giganta nos padrões japoneses, com 1,72m, e “Otani” bem mais baixo que os demais garotos, com 1,56m. Inicialmente a dupla de gato e rato propõe uma trégua para um ajudar o outro com suas paqueras, mas quando suas paixonites começam a namorar, quebrando seus corações, esses dois, tão diferentes, vão descobrir que têm mais em comum do que imaginam.
Magi
Não dá para fazer uma lista de melhores de seus gênero sem mencionar um típico battle shounen, mas que de típico não tem nada. A começar por sua ambientação ao estilo das “Mil e Uma Noites”, “Magi” surpreende por dar espaço a uma interessante trama geopolítica que se entrelaça ao sistema de magia e filosofia da série. Ainda esperamos, viúvos, uma terceira temporada — sonhar não custa nada.
Sinopse: Os Magi são seres mágicos vindos de outro mundo que erguem masmorras repletas de tesouros e capazes de conferir poderes a quem as conquistar, tornando-o um candidato a rei desse mundo. O destino une o poderoso — mas sem memórias — magi “Aladdin” com o resiliente “Alibaba Saluja”, um trabalhador explorado por seu chefe, e que não suporta ver os outros serem destratados. Juntos, encontrarão também “Morgiana”, uma exímia guerreira fanalis escravizada que passa a acreditar que não precisa viver uma vida de conformismo.
3-gatsu no Lion
“Sangatsu no Lion”, diferente de outros da lista, é um slice of life purista; o tradicional drama pelo drama que se sustenta pela condução de roteiro e capacidade de gerar reconhecimento da realidade nos telespectadores. Em inglês “Março Vem Como um Leão”, a obra tem o mérito de retratar, para um público adulto, a universalidade das angústias de se crescer através de um jogador de xadrês-japonês.
Sinopse: Tendo conseguido se tornar independente graças ao seu talento com o shogi, “Rei Kiriyama” vai morar sozinho na maior metrópole do mundo. A rotina no automático do jovem colocam-no em uma espiral de destruição de si e de suas relações interpessoais. É, porém, que ele encontra três irmãs que moram junto ao avô — a família que nunca teve.
Fullmetal Alchemist

Não é surpresa alguma encontrar Fullmetal Alchemist por aqui. Deixamos aqui em aberto qual adaptação escolher, pois cada uma possui os seus méritos, embora a nossa favorita seja a de 2009. Não tem o que falar aqui, é um anime muito bem feito, mas cuja fama pode estragar a experiência de quem espera alguma experiência avassaladora e não encontra aqui.
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Sinopse: Dois irmãos perdem a mãe e decidem trazê-la de volta a vida com um ritual da alquimia, perdendo o braço e o corpo no processo. “Edward Elric” se torna o Alquimista de Aço, enquanto “Alphonse”, o mais novo, o Alquimista de Armadura. Com o desejo de recuperarem seus corpos, eles se tornam alquimistas do estado, mas nesse processo vão descobrir a corrupção da organização, e uma força temível que quer utilizar a pedra filosofal para alcançar poderes além da compreensão humana.
Yakusoku no Neverland (Primeira temporada)
Não se vê mais tanta gente falando de “Yakusoku no Neverland” desde o fim do mangá, tampouco a sua segunda temporada trouxe um gás para reviver um dos títulos mais promissores de 2019. Há uma evidente queda de qualidade no material original, e o buraco é ainda mais fundo tratando-se da segunda temporada para televisão.
Em seu lugar, “A Terra-do-nunca da Promessa” deixou um gosto de quero mais com uma primeira temporada irretocável e um primeiro episódio com um dos melhores ganchos da história da televisão; uma pena que isso ficou na promessa — e por estarmos comentando-a apesar das continuações é porque vale a pena assistir.
Sinopse: No Orfanato Grace Field as crianças brincam e se divertem, comem bem, e recebem o carinho de sua “Mama Isabella”, tendo em contrapartida apenas que se submeterem a alguns testes diariamente. Quando uma criança é adotada, ela nunca mais manda cartas, o que começa a levantar suspeitas sobre seus paradeiros. “Emma”, “Norman”, “Ray”, vão descobrir os detalhes sórdidos por detrás do funcionamento desse lugar que não é o que parece.
Shingeki no Kyojin

Deixamo-lo por último sabendo que este é polêmico. Seu fim tem um quê anticlimatético — e uma parcela do fandom queria que determinada coisa acontecesse, se decepcionando no processo. Nossos problemas com SnK já foram relatados em artigo que deixamos anexo, mas, com muita sinceridade: essa é a história que deixou uma geração fisgada no interesse por uma década e não foi a toa; para o bem ou para o mal, “Attack on Titan” é muito divertido.
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Imagem Destacada: Divulgação/Crunchyroll
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