Primeira temporada de “Paradise” no Disney+ resgata tramas com drama intenso e mistérios a resolver

Hoje foi disponibilizado no streaming do Disney+ em associação com a Star+, o oitavo e último episódio da primeira temporada da série “Paradise” que, como destacamos anteriormente na Woo Magazine, é uma das gratas surpresas nesse início de 2025.

Com uma trama intrigante de assassinato presidencial, drama familiar e de situações misturando conspirações, paranoias e um cenário aparentemente idílico, logo no primeiro episódio se altera toda realidade da trama simplesmente transformando seu gênero.

Criada por Dan Fogelman, do mega sucesso dramático “This Is Us”, ele traz para “Paradise” a mesma situação de idas e vindas no tempo, para que a cada episódio toda a teia de intrigas e mistérios nos dê as peças desse quebra cabeça que se desenrola no decorrer da série.

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O que começa como um mistério de quem matou o presidente americano se transforma em um drama de sobrevivência que fala muito sobre o estado das coisas no mundo de hoje.

Questões sobre desastres climáticos, o poder dos bilionários que podem e alteram a realidade a seu bel prazer e, claro, interesses de sobrevivência e que sempre entre esses tubarões há uma espécie e tiranossauro rex para a todos controlar e manipular, alguém que sabe onde todos os segredos estão e que por se antecipar a tudo e todos, consegue um poder de responsabilidade e decisões impossíveis e essa pessoa é Samantha, a “Sinatra” (apelido de uma piada divertida na série), interpretada de forma espetacular e perturbada por Julianne Nichols.

“Sinatra” é a figura mais respeitada e temida no entorno do presidente Cal Bradford, uma interpretação dúbia de repulsa e carisma do ator James Marsden (nos três filme do Sonic) interpretando um playboyzinho eleito para saciar a sede de poder do seu pai e outros poderosos, como um pôster do que a América teria de “melhor”.

Meio moleque, malandro, bonachão, amante do pop rock dos anos 80 e eventualmente se alcoolizando, esse presidente que nos flashbacks da série, a princípio, é também manipulado, em determinado momento mostra toda sua humanidade e, mesmo que por alguns minutos, se mostra solidário, deixando uma sensação de tristeza nos espectadores que já sabem seu destino desde o trailer, e esse é o poder de empatia que “Paradise” evoca através dos seus oito episódios.

Quanto ao ator Sterling K. Brown, que interpreta o protagonista Xavier Collins, é nada menos que magnético na sua pegada estoica e compassada, que eletrifica a trama toda vez que ele ameaça sair do controle e é o condutor mais confiável nesse mistério em que todos parecem ter seus interesses.

Claro que toda essa história mistério e conspirações que se torna grandiosa a ponto de mudar de gênero — e, sim, ela muda (sem spoilers) — poderia perder atenção do(a)s espectador(a)s se não conseguisse dosar seus mistérios com alguma dose de drama humano, e haja drama, além de ter seus pequenos clichês à lá “24h”, série do personagem Jack Bauer.

Todos os personagens principais e alguns coadjuvantes têm os seus, que se derramam na sua tela — seja em qual tipo de dispositivo você esteja assistindo — mas pelo menos tudo é embalado para que nada fuja muito da história desenvolvida, porém, eventualmente alguns dramas se tornam um pouco excessivos, o que parece demonstrar o DNA do autor Dan Fogelman.

E claro que no oitavo e último episódio temos o cliffhanger proveniente de um acontecimento antecipado do sétimo episódio, que prepara “Paradise” para uma nova, digamosl fase, rumo à segunda temporada que já está garantida.

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Assassinato, suspense, drama e reviravoltas de explodir cabeças, embaladas por um elenco muito competente e de realização exemplar…

Evidente que todos temos nosso próprio gosto, mas Paradise traz um pacote muito bem embalado e é mais do que temos nas séries que estreiam ou têm suas sequências com tramas sem criatividade que a cada semana dividem nossas atenções.

_{Imagem Destacada: Divulgação/Star Brasil}

Paradise (2025) | Conspirações, Drama e Alteração da Realidade

Sinopse

Em um mundo aparentemente paradisíaco, acompanhamos um grupo de agentes da inteligência estadunidense investigando um crime de máxima gravidade contra o estado. O espectador logo descobrirá ao longo da série as verdades trágicas por trás desse "mundinho perfeito".

Prós

Ótima trama que mistura drama, suspense, conspirações e reviravoltas;

Excelente elenco desde o protagonista até os coadjuvantes mais importantes;

Série criativa, que altera seu gênero no caminho e mantém o interesse ao longo de todos seus episódios.

Contras

O único senão é o excesso de dramas envolvendo alguns personagens.

4.5

Nota