No último domingo, “The Walking Dead” voltou com sua oitava temporada em seu centésimo episódio pela FOX, para alegria dos fãs. A trama, criada por Robert Kirkman, é um fenômeno mundial, sucesso de público e crítica. O final da sétima temporada foi marcado pelo confronto entre Rick (Andrew Lincoln) e Negan (Jeffrey Dean Morgan) que se sucedeu no episódio piloto da temporada atual.
Atenção: a matéria possui spoilers do primeiro episódio da oitava temporada de The Walking Dead. Leia os outros reviews aqui.
No fim da sétima temporada, Rick e Alexandria, O Reino e Hilltop se uniram para um primeiro confronto com Negan e Os Salvadores. O episódio piloto da oitava temporada apresenta a sucessão desse confronto despertado na temporada anterior. Aqui, Rick (amparado por Ezekiel e Maggie na posição de líderes do Reino e de Hilltop, respectivamente) decide ir com tudo ao confronto com seu inimigo. Ele recebe uma ajuda de um inimigo não provável já revelado na sétima temporada, Dwight, que se comunica com Daryl por bilhetes. Assim, eliminando um a um dos homens de Negan, Rick e seu grupo executam mais um plano para, de vez, acabar com a tirania dos Salvadores.
Apesar desse ser o grande foco do episódio, a narrativa também brinca de explorar um sonho do protagonista, onde ele aparece mais velho, seus filhos cresceram e tudo aparentemente está em paz. Não é a primeira vez que a narrativa utiliza-se de sonhos para enriquecer a história, causando aquela sensação positiva no público que sabe que um final feliz com Rick e os outros personagens seria bem mais atrativo e justo do que os rumores que dizem que tudo o que foi apresentado ao longo desses sete anos não passou de um sonho.
Contudo, o episódio foi bem morno, sem nenhuma grande surpresa ou morte impactante, e para um episódio inicial de temporada essa sensação gera incertezas quanto ao que pode ser esperado nos próximos quinze episódios. Mas, conseguimos observar algumas evoluções em certos personagens que podem ou não permanecer na até o fim da temporada. Nem mesmo o final do episódio, que podia terminar com um certo suspense, conseguiu gerar ansiedade para o desfecho.
Os personagens
Mais uma vez sob a liderança de Rick, os grupos arquitetam um plano para derrotar Negan. Mas, deixando essa trama de lado, podemos perceber o amadurecimento do protagonista, que após anos parece mais cético e sabe que é melhor não confiar em ninguém. Maggie, que após passar por trágicos eventos e ser ali no grupo hoje uma das poucas personagens à realmente “perder tudo”, assume a posição de líder (que a cai MUITO bem, obrigada) de Hilltop e junto com Jesus, que parece ser seu braço direito, convencem os moradores à lutar para garantir um lugar seguro e restaurar a paz perdida no apocalipse.
Aqui também vemos como os personagens já deixam de lado a sensibilidade na hora de lidar com outros que precisam de ajuda. Muito se dá pela situação alarmante e também catastrófica provocada pelo apocalipse, onde já não se valem mais leis, morais r bons costumes. Também surge pelas diversas vezes em que o grupo de Rick foi enganado por antagonistas. Isso aconteceu lá atrás, com o Shane (Jon Berthal) e continuou a acontecer com o Governador e Negan.
Os zumbis mais uma vez voltam a ficar em segundo plano, o que é realmente necessário uma vez que a trama já mostrou como os humanos são mais perigosos que os mortos. Porém, eles ainda são peça chave para o sucesso de alguns planos e explodi-los ou atraí-los para cercar personagens ainda é um recurso muito utilizado e que nunca será escasso.
Assim, “The Walking Dead” retorna para mais uma temporada e, apesar do episódio mediano, abre perguntas e sub tramas para serem respondidas ao longo dos próximos episódios. E, por favor, que uma boa guerra ou morte de personagens queridos possam estar por vir, para gerar alguma emoção e euforia nos próximos episódios.
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