Já dizia o velho ditado: “Quem dança, seus males espanta”. E o pessoal da Companhia Nós da Dança leva isso à risca. Criada em 1981, por Regina Sauer, o grupo é referência na dança moderna, sendo um dos mais tradicionais do país. Versáteis, sempre buscaram apresentar novos estilos, cativando o público por onde passam. Nesse ano, não foi diferente. Headliners no palco da Rock District do Rock in Rio 2019, durante todos os dias eles levaram coreografias leves e despojadas, que animaram a galera do início ao fim. Hoje, na despedida do festival, sem dúvidas, fecharão com chave de ouro o melhor momento de suas vidas.
E, contando um pouco dessa história incrível, conversamos com Priscila Mendes, uma das bailarinas da companhia. Formada pela Escola Estadual de Danças Maria Olenewa, foi professora de dança de salão da requisitada Escola de Dança Jaime Arôxa, sendo por dez anos, bailarina e assistente da companhia da mesma instituição. Passou pela L’Art, no Egito, por comissões de frente de escolas de samba cariocas, como a Mangueira e a Vila Isabel. Recentemente, foi semifinalista no Campeonato Mundial de Tango 2018 e na última edição do RiR, dançou com a Nós da Dança. Ou seja: haja bagagem, hein?
Giulia Cordeiro.: Quando surgiu a sua paixão pela dança? Você tinha, ou tem, alguma inspiração?
Priscila Mendes.: Quando eu tinha seis anos! Eu tinha uma prima que fazia ballet na Escola Estadual de Danças Maria Olenewa, e ela me chamou pra assistir um espetáculo de fim de ano. Fiquei completamente encantada, surgiu a vontade de dançar e no ano seguinte, fui matriculada na mesma instituição. Eu nunca tive uma inspiração específica, mas sim, todos os mestres que passaram pela minha vida até hoje.
G.C.: Em que momento você decidiu que era a hora de se tornar professora de dança?
P.M.: Ao entrar em uma escola de formação, sabemos que em algum momento teremos de dar aulas. Eu comecei a lecionar ballet clássico antes mesmo de me formar. Já na dança de salão, foi um pouco diferente. Percebi que era algo que me agradava e fui focando em não só aprender o ritmo, mas a ensinar também.
G.C.: Qual é a diferença entre participar de uma companhia de dança nacional e uma internacional?
P.M.: Qualquer companhia tem uma característica que difere uma da outra. Em relação as que eu já dancei, aqui e lá, no exterior me davam moradia, salário, assistência médica e alimentação. Não existiam carências. No Brasil, não. Quanto à ensaios, o esquema é bem parecido, não há diferenças.
G.C.: Quando surgiu a possibilidade de participar do Rock in Rio 2017 pela Cia. Nós da Dança, qual foi a sua reação?
P.M.: Foi sensacional, não só eu, mas os bailarinos ficaram muito eufóricos. Nós nunca havíamos recebido uma oportunidade dessa. O resultado foi maravilhoso e o momento, inesquecível.
G.C.: E agora para 2019, quais são as expectativas para o festival? E o que o público pode esperar da cia?
P.M.: Nós estamos bem empolgados, pois estamos fazendo uma homenagem ao Michael Jackson e tudo o que ele representou para o mundo. Ao final de todas as coreografias, que são iguais às dos clipes, sempre interagimos com o público. Nossa ideia é brincar com a galera e colocar todo mundo para dançar junto. Mesmo com a chuva do primeiro fim de semana, todos interagiram, adoraram nossa performance. Foi uma energia incrível!
G.C.: Sobre o futuro da Cia., quais os próximos projetos para depois do Rock in Rio 2019?
P.M.: Após o festival, a companhia fará uma curta temporada de dois finais de semana, do espetáculo “Maria“. Será no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, à partir do dia 18 de outubro.
O Rock in Rio 2019 aconteceu de 27 de setembro à 06 de outubro no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A Woo! Magazine esteve presente todos os dias com sua equipe, e o apoio da Piticas Botafogo Praia Shopping e do Escape Time Rio de Janeiro, proporcionando uma cobertura completa do evento e muita diversão com brincadeiras com o público presente.
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