Vivencie a Emoção da Superturnê de Jão, com uma estrutura inédita para um artista brasileiro
Após esgotar duas datas no Allianz Parque em São Paulo no mês de janeiro, neste sábado (24), o cantor Jão deu continuidade à Superturnê com um show esgotado em Curitiba, na Pedreira Paulo Leminski. Estima-se que 25 mil ingressos foram vendidos.
A “Superturnê” que o cantor faz pelo Brasil explora todos os seus álbuns, dividida em quatro atos, que representam o encerramento do ciclo dos quatro elementos presentes em seus discos: “Lobos” (terra), “Anti-herói” (Ar), “Pirata” (Água) e “Super” (fogo).
Mas além da deslumbrante estrutura da turnê, jamais entregue por um artista nacional até então, o que realmente torna a Superturnê especial é como cada show é uma celebração da diversidade e da universalidade da música, unindo pessoas de todas as idades, origens e experiências em torno de algo que todos podem compartilhar e apreciar.
A terceira data da turnê de Jão também marca o décimo show do cantor na cidade de Curitiba e seu primeiro show solo na Pedreira Paulo Leminski. Jão já se apresentou no palco da famosa Pedreira em 2019, na terceira edição do Festival Coolritiba que ocorreu naquele ano, pouco tempo depois de lançar “Lobos”, o primeiro álbum de sua carreira. Anteriormente, o Ameriliense se apresentou em Curitiba em lugares como o Teatro Fernanda Montenegro e o Teatro Positivo.
O início do show foi glorioso: Jão surgiu no centro de uma passarela, com seu colete preto brilhante e levantou o público com “Escorpião”, abrindo a setlist, fazendo sua legião de fãs pular ao som do hit. É perceptível como, no momento em que Jão pisa no palco, o público é automaticamente transportado para um mundo onde suas letras ganham vida e suas melodias envolvem os corações.
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Ao decorrer do show, nos deparamos com um artista que não só queria que os fãs fossem entretidos com suas músicas, mas que também se esforçou para fazer com que o público de 25.000 pessoas se sentisse visto, confortável e seguro.
“Eu faço questão que o meu show seja um lugar onde vocês estejam seguros, onde vocês se sintam principalmente acolhidos e em casa, porque eu estou em casa junto com vocês”, declarou o cantor durante uma interação afetuosa com o público.
Jão se dedica para que cada show seja uma experiência única e inigualável para todos os presentes. Com esse objetivo, o público é incentivado a escolher uma música que é incluída exclusivamente na setlist da noite (algo parecido com as já conhecidas “músicas surpresas” dos shows da cantora estadunidense Taylor Swift). Curitiba recebeu a música “Ainda te amo”, do álbum “Lobos”, emocionando e incitando ao delírio a multidão de fãs. A cidade ainda ganhou outra música que não pertence à setlist original; especialmente para Curitiba, Jão cantou “Clarão”.
Após os marcantes fogos de artifício durante a apresentação de “Doce”, outro momento memorável ocorre na performance da música “Sinais”, em que Jão é içado para o alto com o corpo curvado. A cena faz referência ao segundo álbum da discografia do cantor, “Anti-Herói” (2019). Do topo, Jão canta “A Última Noite” e os enormes telões que fazem parte da magnífica estrutura do show se transformam em um bonito arranha-céu. A extraordinária presença de palco faz com que o artista entregue uma performance impactante e elogiável.
Em meio a toda grandiosidade da produção, com fogos, telões em alta definição e um inteligente e complexo jogo de luzes, há espaço para uma performance mais intimista e calma, quando o cantor apresenta a emotiva música “Maria” ao piano.
Ao final do show de 120 minutos, Jão ainda tinha energia e entusiasmo para levantar brilhantemente seu público, prendendo a atenção até o último segundo. O cantor prova ser mais do que capaz de comandar uma multidão de arena por conta própria. Enquanto os aplausos ecoam e as luzes se apagam, fica a sensação de que algo especial aconteceu. A Superturnê do cantor Jão não é apenas um espetáculo musical, mas sim uma experiência transformadora que deixa uma marca duradoura nos corações e nas mentes de todos aqueles que têm o privilégio de participar dela.
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Por fim, a única crítica pertinente à Superturnê é a ausência de um show de abertura. Considerando que esse é um show grande, com alta demanda e que os portões abrem às 18:00 e o show tem início apenas às 21:00, a inclusão de um ato de abertura seria interessante para manter o público entretido durante as horas de espera, criando uma atmosfera mais vibrante, e também ofereceria aos fãs a oportunidade de descobrir novos artistas. A falta desse elemento pode deixar os espectadores desejosos por mais conteúdo antes do início do show principal. Assim, um ato de abertura poderia agregar valor à experiência geral da Superturnê para o público.
Esse texto foi escrita numa parceria entre Letty e Anita Stefanes.
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