Capítulo 4: Muito prazer, me chamo Robert Galbraith
Chegamos, enfim, na última semana do mês de maio. E é com uma dor no coração que a Woo! Magazine se despede da nossa diva J.K.Rowling, depois de um compilado e uma homenagem muito bem merecida. Nas semanas que antecederam, falamos das agruras que foi começar a escrever, das dificuldades, e das dores e delícias de se chegar no auge de uma carreira sólida e bem-sucedida.
J.K. não só mostrou ao mundo a que veio, como deu voz a diversos personagens que povoaram nosso imaginário durante anos de nossas vidas. Ela foi drama, diversão, magia, política… tudo isso e muito mais em suas linhas muito bem escritas de cada livro que publicou. E para encerrar com chave de ouro, chegou a vez de vos apresentar Robert Galbraith.
Robert não é SÓ mais um personagem. Não é APENAS mais uma criação de J.K.. Robert existe porque Rowling existe. E é ele quem assina sua trilogia policial. “Escolhi Robert porque é um dos meus nomes masculinos preferidos, porque Robert F. Kennedy é o meu herói, e porque, felizmente, não o tinha usado em nenhuma das personagens da série Harry Potter (…) quando era criança, queria mesmo chamar-me Ella Galbraith, mas não sei porquê, nem me lembro de alguma vez ter conhecido alguém com esse nome” – disse ela ao site criado para apresentar seu alter-ego.
O primeiro livro da trilogia chama-se “ O Chamado do Cuco”, e é essa a obra que dá aquela apresentação básica aos personagens principais da trilogia, bem como nos mostra o novo gênero investido pelo/pela autor(a). Agora, entramos em um novo universo. Universo este, que é diferente de Harry Potter e Morte Súbita. Tudo que nos é mostrado nesse momento gera mais semelhança com Sherlock Holmes e seu fiel escudeiro Dr. Watson. E quem é que não curte um bom romance policial?!
Cormoram Strike é nosso personagem principal. Um ex-soldado que se vê aposentado por invalidez por perder uma perna em combate. Sem perspectiva e sem entender muito o que fazer de sua vida a partir daquele momento, Strike abre uma agência de investigação. Além disso, ele ainda tem que lidar com a separação; o que o deixa sem casa para morar e o faz ficar em tempo integral na saleta que usa para atender seus clientes.
Como sua parceira de investigação, temos Robin. Moça criada com todos os predicados e noiva de um rapaz chato e prepotente. Robin, na verdade, é enviada a agência do detetive como secretária temporária, já que ele nunca tem dinheiro o suficiente para arcar com as despesas de uma secretária fixa.
Ambos são polos opostos. Ele, carrancudo e mal-humorado; ela linda e de uma leveza sem fim. E trabalhar juntos vai muito além do que tentar solucionar casos. Trabalhar juntos vai fazer com que eles passem a entender e, principalmente, a viver com a diferença. Robin mostra a Strike que nele bate um coração. Strike mostra a Robin que a vida pode ser muito mais interessante do que aquilo que ela estava acostumada.
Em “O chamado do Cuco”, ambos vão ter que solucionar o caso de Luna Landry. Uma modelo famosa e sem papas na língua que comete suicídio se jogando da varanda de seu apartamento. A vida de Luna era confusa e complicada. Com envolvimento com drogas e um namorado difícil, Strike é contratado pelo irmão dela, porque este julga que a irmã foi sim assassinada e não é bem daquele jeito que todo desalinho aconteceu.
Com sucesso absoluto nessa nova empreitada, Galbraith tem o aval do público para lançar mais uma aventura. E é assim que no ano de 2015 chega às livrarias o segundo livro da trilogia: “O Bicho-da-Seda”.
Agora Strike e Robin – que a essa altura já deixou de ser temporária – se veem envolvidos no caso de Owen Quine. Escritor de renome que simplesmente desaparece – para o desespero de sua esposa.
O ponto alto dessa obra, além da narrativa que te prende, é o caráter descritivo com que o autor coloca os detalhes – sórdidos ou não. O leitor é levado para um mundo de mentiras e uma rede conspiratória que deixa quem lê de cabelos em pé. Ademais de fazer com que a gente devore o livro para saber o que, enfim, aconteceu.
“Os intestinos desapareceram, como que devorados. Tecido e carne foram queimados por todo o cadáver, aumentando a impressão abominável de que foi cozido e dele se regalaram.”
E por último, mas não menos importante, saía em 2016 “Vocação para o Mal”. Robin agora não é mais só a simples secretária de Cormoran. Robin é o alvo. E quem a coloca na linha de frente é o próprio passado do detetive. Isso faz com que o enredo tome uma guinada completamente inesperada e diferente das que vimos nos outros livros.
A curiosidade que toma as três obras, é que o nível de crueldade dos vilões vai aumentando proporcionalmente do primeiro ao último livro; deixando o leitor curioso e extasiado ao mesmo tempo. Clichês de quase todos os romances policiais, a trilogia instiga a nosso desvelo e faz com que nos tornemos um pouco detetives também. E sim! Todos eles têm um final inesperado. Então, não vão esperando aquele mais do mesmo.
Seja como J.K., seja como Galbraith, o fato é que nossa homenageada do mês tem razões de sobra para receber esse nosso presente. E nós da Woo! ficamos felizes e satisfeitos por passar maio todinho com ela. Encerramos essa saga com aquele gostinho de quero mais. E com a certeza de que daqui a pouco ela estará dando as caras por aqui novamente.
E para você que perdeu alguma matéria desse nosso preito, não fique triste. Os links das outras matérias estão bem aqui nessa página. É só dar aquela corridinha esperta e se atualizar.
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