Mais de um ano depois da temporada de estreia, “Stranger Things” voltou sexta-feira passada (27) e com muitas novidades para os fãs. Com uma narrativa dividida em nove episódios, dessa vez, veremos que o Mundo Invertido ainda persiste, Will está enfrentando problemas em lidar com ambos os mundos que o assombram e, claro, como está a vida de Mike sem sua melhor amiga, Eleven.
A segunda temporada começa com a proximidade do aniversário de um ano de todo o drama vivido pelos moradores de Hawkins. Aparentemente, com a maioria tendo conseguido “seguir em frente”, certos problemas vão aparecendo e as cicatrizes de alguns vão sendo desenvolvidas de forma gradual. No caso de Will (Noah Schnapp), o mais afetado dos meninos nisso tudo, vive em um eterno retorno para o Mundo Invertido em sua cabeça, precisando da ajuda da mãe, do xerife e de um médico tecnicamente especializado. Já Mike (Finn Wolfhard), que, de início, demonstrava ter esquecido de toda a dificuldade de um ano atrás, revelou ao público que ainda sente a falta de Eleven (Millie Bobby Brown).
Mantendo-se fiel a história original, as referências e aos anos 80, os irmãos Duffer continuam a ficção científica com o mesmo desenvolvimento leve e intrigante, porém, com uma pegada mais colegial e menos assustadora e sombria a princípio. Agora, com a entrada de novos personagens, a retirada de foco em Mike, Joyce e Hopper é nítida. A divisão mais justa para tanto Lucas (Caleb McLaughlin), como também Dustin (Gaten Matarazzo) foi uma melhoria dessa estreia. Além dos componentes do grupo pré-adolescente, Steve (Joe Keery) tem uma maior contribuição para a história, mas ainda insiste em viver uma novela com a namorada Nancy (Natalia Dyer).Quanto aos novatos, temos Maxine (Sadie Sink), viciada em games e skate, que acaba deixando os meninos bastante curiosos quando descobrem que ela conseguiu ultrapassá-los em seu videogame preferido. Além do novo interesse do Clube do Bolinha, Billy (Dacre Montgomery), irmão da ruivinha, vem para intrigar as meninas de seu ano e, principalmente, Steve e Nancy. Em relação ao plano mais adulto, Bob surge como o namorado de Joyce, fazendo-se presente na vida dos filhos regularmente.
Agora, sobre o que todos esperam, o alívio possível de ser sentido logo no primeiro capítulo é verdadeiro e não um trote dos criadores: Sim, Eleven está viva e bem. Apesar dos rumores ao longo desse intervalo entre Stranger Things 1 e 2, como foram nomeados, a queridinha da maioria não irá se apresentar somente no último episódio. Assim como os demais, ela terá sua própria narrativa e obstáculos para lidar em não poder aparecer para o resto da cidade e, obviamente, para Mike.
Com as novas ideias sendo jogadas de forma sutil, aos poucos o quebra-cabeça vai sendo construído e é possível criar novas teorias para ambos os mundos que estamos sujeitos a lidar na série. Logo nos primeiros capítulos, veremos que há mais pessoas com poderes similares ao de Eleven, as larvas desconhecidas que saíram de dentro de Will voltarão a aparecer, só que um pouco mais crescidas e, provavelmente, o terror que vinha nos pesadelos reais de Will podem ser mais concretos que todos pensavam.Além disso, a narrativa vai caminhando e mostrando a criação de novos laços que, apesar de que seria um pensamento hipotético dos fãs ao longo da primeira temporada, virou real e bastante concreta. Eleven precisará lidar com uma relação, praticamente, paterna em sua vida, quase precisando aprender a ser uma pré-adolescente normal, como Nancy irá conhecer o mundo dos garotos que não gira em torno do rei da escola.
Aos poucos, para não deixar que mais uma temporada se vá rapidamente, a continuação do terror adolescente não decepciona, mas causa um grupo grande de emoções. Para ajudar a catarse do público, as atuações, principalmente, de Noah e Millie, como Will e Eleven, respectivamente, arrasta o telespectador ao mundo deles e é de tirar o chapéu. É transparente o crescimento de todos os atores envolvidos com a obra, assim como dos criadores e produtores que ainda conseguem satisfazer e manter uma linha de raciocínio original para a mesma.
“Stranger Things” já tem uma terceira temporada confirmada e, além dessa, a hipótese de uma quarta está sendo trabalhada.
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