Enaldinho é destaque na Bienal do Livro 2019
Enaldinho reservou um espaço na sua agenda para encontrar parte de seus 11 milhões de seguidores na Bienal do Livro 2019. Entre desafios, recordes mundiais, experiências e trollagens, seu canal entrega diversão para toda a família. A seguir você confere a íntegra da entrevista:
Amanda Moura: Quando você criou o canal, qual era o seu objetivo? Você esperava esse alcance?
Enaldinho: Foi muito por acaso, sabe. O primeiro vídeo que eu subi no meu canal do YouTube nem foi com intuito de ser youtuber. Foi um vídeo meu jogando que eu postei e não tinha nem fala no fundo, era só pra mostrar mesmo pros meus amigos uma cena minha no jogo. Eu postei sem saber o que era o YouTube, foi sem pretensão alguma. Ao passar do tempo, eu fui entender o que era isso. Em seguida, eu fui num evento tipo a Bienal, chamava BGS e lá eu conheci os youtubers, daí eu falei: “caraca isso que eu já faço à toa, pode ser uma coisa muito maior” do que eu realmente pensava. Aí eu comecei a gravar vídeos com outro pensamento, aí sim com o sonho de talvez um dia me tornar um youtuber. E eu fazia porque eu gostava, eu achava legal, achava isso massa. Então, foi muita consequência de fazer uma coisa que eu sempre amei.
A. M.: Como você se organiza para as trollagens? Como aquela do slime que você acordou a sua mãe, por exemplo?
E.: Eu trollei minha mãe porque minha mãe me trolla também, minha namorada me trolla também. É uma via de mão dupla aí. Eu pego muita ideia do público, o pessoal fala assim: “trolla sua mãe jogando slime nela, trola sua mãe fazendo isso…” E a partir daí, despertam as ideias pra tentar trollar minha mãe. Eu também pego muitas referências de outros vídeos que eu acho legal, tento readaptar, às vezes alguma coisa que, sei lá, vem aquele feeling de isso vai ficar legal. Então, as ideias para as trollagens vem de vários lugares. Agora dei até uma parada, porque minha mãe deu uma cansada de ser trollada. Mas, em breve, vai ter mais trollagem com ela aí no canal.
A. M.: Como você se sente sendo um jovem influenciador? Como é essa responsabilidade?
E.: Desde o início, quando o canal começou a crescer, eu sempre me preocupei muito com meu conteúdo, justamente por saber que meu público é mais jovem. Então, exatamente por isso, eu tenho noção da responsabilidade que tem nas minhas mãos por conversar com uma galera tão novinha. Então, eu tento fazer o meu conteúdo mais limpo possível. Tento não, meu conteúdo é o mais limpo possível. Eu não falo palavrão, não faço piadas de duplo sentido, eu não gravo vídeos que possam estimular uma criança a ficar numa posição de risco. Por exemplo, quando faço uma receita ou uma experiência que eu vou usar tesoura, eu sempre falo: “galera, se você for fazer isso também, peça ajuda para os seu pais porque usar tesoura pode machucar“. Então, eu tenho noção dessa responsabilidade e me preocupo muito em entregar um conteúdo limpo para que toda a família possa assistir despreocupada.
A. M.: Como estamos na Bienal do Livro, conta um pouquinho sobre o seu livro “A Lenda do Zap“.
E.: “A Lenda do Zap” é meu segundo livro. Tem uma série no meu canal que é “A Lenda do Zap”, que é a série do monstro que o público engaja muito, o pessoal gosta demais. Daí eu fiquei pensando em alguma forma de aproximar mais o público dessa série, fazer uma imersão maior. Aí surgiu a ideia do livro. E eu achei muito legal porque o livro não compromete a história do canal, mas é como se ele fosse um braço da história.
Então é uma aventura que se passa dentro da casa do monstro, eu acabo indo para lá e ao longo da leitura vão aparecendo atividades. Para eu sair da casa do monstro, o espectador do livro tem que fazer uma atividade para conseguir me ajudar. Então eu falo que o monstro tem medo de luz, por exemplo. Então tem uma parte que fala: “encontre a lanterna para ajudar o Enaldinho“. Aí o público vai e procura a lanterna. Então é um livro interativo, cheio de brincadeiras, o que é muito legal. Outra coisa que a gente pensou foi a inicialização da literatura com o público infantil, então estimula as crianças mais novas a ler, o que é muito legal, acho muito importante.
A. M.: Como você organiza sua rotina para a gravação? Como divide o tempo entre suas outras atividades?
E.: Atualmente eu não faço faculdade porque eu não tenho tempo, inclusive, eu tenho vontade de fazer publicidade num futuro próximo. Mas atualmente, com a minha agenda, infelizmente eu não consigo. Eu gravo hoje três vezes por semana, o dia inteiro de gravação. Às vezes de oito da manhã até uma da madrugada. Tem dia que é muito pesado, e eu gravo três dias na semana justamente para fazer uma frente, para fazer uns videos extras pra eu poder viajar, igual para Bienal do Livro e para fazer outros trabalhos, eu faço shows também. Então eu gravo três dias da semana e o resto, ou estou viajando ou estou por conta de pensar no lado criativo, que parece simples mas é extremamente complicado, ainda mais para mim, que posto conteúdo diário. Então são três dias de gravação, com dois dias voltados para meu conteúdo e um para publicidade, que demanda uma atenção maior porque tem script pra seguir e tudo mais. Nos outros dias, ou estou viajando eu estou na criação, pensando em ideias pra gravar.
A. M.: Quais conselhos você daria para quem quer ser um influenciador, divulgar conteúdo na web?
E.: Atualmente, muitas crianças tem o sonho de ser youtuber, o que eu acho muito legal. Muita gente sonha em ser jogador de futebol e hoje muita gente sonha em ser também youtuber. Eu acho que não é fácil, não é só ligar uma câmera e começar a falar como muita gente pensa, existe muito trabalho envolvido. Mas eu acho que se você gosta, se você ama e se você quer, tendo força de vontade eu acho que acontece.
Pode ser que demore, pode ser que não. Mas com força de vontade e dedicação, acho que dá certo. Eu falo isso porque, literalmente, o YouTube hoje ajuda criadores que postam videos com mais frequência. Então, não adianta nada querer criar um canal no YouTube e postar um vídeo por mês, isso não vai dar certo. Então tem que se dedicar, postar o máximo que você consegue e tudo mais. Só que eu falo, de verdade: acredite no sonho, que você pode conseguir. Basta você querer e correr atrás.
A entrevista foi elaborada em colaboração com Dan Andrade e faz parte da cobertura da Bienal do Livro realizada pela Woo! Magazine.
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