Uma das brincadeiras infantis é solucionar mistérios. Se fantasiar, reunir os amigos e deixar a imaginação fluir, sem nenhum limite. Uma das melhores fazes da infância, que não é possível de se esquecer. Assim, três amigos vivem inúmeras aventuras em “D. P. A. – O Filme”, derivado da série infantil “D. P. A. – Detetives do Prédio Azul”.
Em “D. P. A. – O Filme”, os amigos Pippo (Pedro Henriques Motta), Sol (Letícia Braga) e Bento (Anderson Lima) são os novatos do clube. Juntos, eles precisam resolver mistérios que aconteceram após uma festa realizada pela síndica – e bruxa – Leocádia Leal (Tamara Taxman). Após a festa, Leocádia se torna extremamente gentil com Severino (Ronaldo Reis), Teobaldo (Charles Myara), as crianças e seus pais, algo que não é da personalidade da mesma. Ao mesmo tempo, o prédio azul apresenta rachaduras e corre o risco de ser demolido. Cabe aos detetives solucionarem mais um mistério e salvar o dia.
A direção de André Pellenz apresenta um filme que foge de ser infantil. Acaba sendo para todas as idades. O filme prende o espectador do início ao fim, ansiando para um final feliz de todos os personagens. A produção é dividida por mais duas pessoas além do diretor, Sandi Adamu e André Fraccaroli. Todos fazem um ótimo trabalho, até mesmo conseguem desprender o filme da série, não sendo necessário assistir um para conferir o outro. Tudo que é apresentado tem seu desfecho, todas as perguntas levantadas são respondidas ao longo da história.
O roteiro, de Flávia Lins, é o que mais deixa a desejar, pois peca na insistência de diálogos rasos e “bate bola”, algo característico do programa. Ainda que seus protagonistas sejam crianças e, de fato não falem frases longas, alguns diálogos tornam-se óbvios demais. Até mesmo chegam a se contradizer em algumas cenas do fim do filme, mas nada que impeça o entendimento do espectador ou o deixe confuso.
O elenco, por sua vez, é extremamente cativante. As crianças conquistam o público imediatamente, em seus momentos de inocência e também de esperteza. Na trama, novos bruxos são incluídos na história: Otávio Müller como o bruxo Jamie Quadros, Mariana Ximenes como a bruxa Bibi da Capa Preta, Maria Clara Gueiros como a bruxa Mari P. e Aílton Graça como o bruxo Temporão.
O ponto alto do filme é o encontro de gerações de detetives. Inicialmente, na versão para a televisão, o clubinho foi feito por Tom (Caio Manhente), Capim (Cauê Campos) e Mila (Letícia Pedro), que deixaram o seriado na sétima temporada. Os novatos, com a ajuda de Teobaldo, conseguem trazer os detetives iniciais para ajuda-los nessa nova missão. Ainda que estejam mais velhos, a atuação dos três não deixa a desejar. Para quem assiste o seriado, esse encontro é emocionante.
Destaque para o trabalho impecável de Tamara Taxman, como a vilã Leocádia Leal. Em sua personificação de bruxa, a atriz consegue transmitir para o público a mesma quantidade de sentimentos que transmite no seriado, um misto de emoções cômicas e trágicas. Enquanto sua personagem está enfeitiçada, Tamara nos apresenta a uma Leocádia diferente do costume, porém sem perder suas características antagônicas.
Porém, alguns personagens não são tão explorados. É o caso de Pietro, personagem do ator George Sauma. Inicialmente colocado como o verdadeiro vilão da história, sua atuação não convence. A mesma coisa pode ser dita de Maria Clara Gueiros, que apresenta uma personagem superficial e fraca.
O filme também possui diversos efeitos especiais e visuais, principalmente feitiços lançados pelos bruxos. Nada que seja surpreendente demais, o que de certa forma é bom, pois não erra exagerando nos mesmos. Tudo pareceu ser planejado para não se tornar exagerado e gerar uma repercussão negativa.
O figurino, de Marcelo Pies e a caracterização de Martin Trujilo também são um ponto enriquecedor da produção. Os bruxos, na festa, apresentam vestimentas incríveis, assim como os detalhes de cada um, desde joias a objetos pessoais. A trilha sonora conta com hits como “Gangnam Style”, uma canção de abertura interpretada pela cantora Maria Gadú, e a música do final “Avança Como Um Trem”, em homenagem a Leocádia, interpretada pelas crianças. Um final feliz como em quase todo o filme infantil, e nesse não haveria de ser diferente.
Por fim, “D. P. A. – O Filme” é uma grande surpresa, capaz de encantar adultos e crianças, além de estimular a imaginação e enaltecer uma das melhores fases da vida, a infância. O filme estreou hoje, dia 13 de julho, em todos os cinemas.
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Olar boa tarde, eu faria de tudo para que os meus pequenos, em especial a Sophia padesse conhecer os detetives do prédio azul, pois eles assistem e amam de paixão a turminha até eu mesma acabei virando fã. Realizem o meu , sonho.