Depois de anos, Demolidor tem continuação da sua história em primeira parte da quarta temporada
O herói cego de habilidades extraordinárias, Demolidor, O Homem Sem Medo, retorna com suas aventuras num arco baseado em histórias em quadrinhos recentes, mas nada a ver com o título da série no Disney+.
Esclarecendo, o nome da série “Demolidor: Renascido”, remete ao melhor conjunto de histórias do herói lançado nos anos 80, quando Wilson Fisk, o Rei do Crime, descobre de forma impactante a identidade secreta de Matt Murdock e faz da vida dele um verdadeiro inferno, até que haja a volta por cima, um final relativamente feliz e que elevou esses personagens a uma importância que ressoa até hoje na cultura pop.
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Na série que começa de forma, um evento dramático faz com que o advogado cego da cozinha do inferno aposente o traje e o bastão do Demolidor e passe a se dedicar somente ao seu trabalho “oficial” nos tribunais da cidade de Nova York.
Nesse ínterim, Wilson Fisk retorna de seu exílio para reclamar seu lugar de destaque no submundo da cidade, no coração de sua esposa Vanessa e se aproveitando de um fenômeno recente da vida real, através de muitas fake news e reacionarismo de uma população acuada pela violência da qual ele mesmo é um dos responsáveis, se tornando prefeito e aumentando ainda mais seu poder e influência.
Pois criminoso e estrategista contumaz, O Rei do Crime vai forçar com todos os meios políticos justamente a proibição da atuação dos chamados “vigilantes”, ou seja, os que agem abnegadamente às margens da lei para proteger cidadãos que o estado não consegue, ainda mais na cidade que tem mais super-heróis por metro quadrado.

E esse é um enredo promissor que marcou as histórias em quadrinhos e que esses dois personagens principais se digladiam por décadas de forma muito interessante, pois a grande e perspicaz ironia é que o prefeito, eleito de forma democrática, é um criminoso e o herói tem que agir fora da lei para proteger a população.
Porém embora o começo seja muito promissor, inclusive com uma conversa franca entre os dois num café que é o ponto alto da série, a trama começa a se diluir em repetições que só servem para reiterar a vilania de Wilson Fisk e a indecisão irritante do Demolidor entre voltar ou não a vestir o uniforme (e isso vem desde a primeira temporada), sendo que é nítido que as coisas vão de mal a pior na cidade sob o comando do prefeito criminoso, a ponto de culminar no final absurdo da primeira parte da temporada.
Segue-se a criação pelo Rei do Crime de uma milícia criminosa com policiais corruptos criada para comandar com mão de ferro os opositores, e que é o mais decepcionante: a diminuição, ou se preferirem, downgrade de poderes do Demolidor!
Pois é inacreditável um herói que massacrou mais de cinco pessoas lutando em um corredor nas séries da Netflix, lutou contra a Mulher Hulk e deveria usar o radar que adquiriu com os seus poderes, ter trabalho a ponto de apanhar de simples ladrões de banco.
É ruim, não acrescenta nada a trama e nem à fragilidade emocional do personagem, assim como também nada acrescenta os diversos shots das pessoas andando aleatoriamente por Nova York, o que dá a impressão que estavam tentando só complementar os quase 60 minutos de cada episódio.
Episódios que até tentam trazer momentos interessantes como a conversa já mencionada, a aparição de dois personagens que fazem parte da vida do herói — e nos últimos capítulos dão um pouco de fôlego ao final da temporada — mas o restante é muito morno, quando não conveniente, como uma única psicóloga aconselhar o casal de criminosos Fisk e Vanessa, tratar o vilão e ainda ser a namorada do herói (!?).
Esperava-se uma suavização da violência que vinha das séries da Netflix, o que não ocorreu, mas as tramas no streaming anterior vinham numa crescente, o que infelizmente não acontece na nova casa.
Pelo menos a competência e a química de Charlie Cox como o Demolidor e Vincent D’Onofrio como o Rei do Crime está intacta e eles continuam muito bem mantendo em pé uma narrativa tão irregular.
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Vamos torcer para que os vindouros episódios de encerramento da temporada, recobrem a importância e relevância de um dos maiores e melhores super heróis urbanos da Marvel.
S1E4. Imagem Destacada: Divulgação/Marvel

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