Já sabemos que o mundo dos negócios é um lugar bastante complicado. Principalmente para os novatos. É preciso ficar atento a tudo o que acontece. Em “A Negociação”, temos muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo e no meio a tudo isso negociações muito importantes que vão fazer toda a diferença na vida dos personagens. Com um elenco de peso no qual podemos contar com Richard Gere no papel do protagonista e Susan Sarandon como sua esposa, o filme vale a pena ser assistido.
Com uma narrativa instigante, mostrando a vida de Robert Miller (Richard Gere) – um milionário que precisa vender a sua empresa o mais rápido possível toda essa urgência tem como objetivo evitar que uma fraude seja revelada. E quando achamos que nada mais pode desmoronar ele sofre um acidente de carro no qual a sua amante acaba morrendo.
A partir desse ponto a narrativa de “A Negociação” se divide em encobrir todos os seus passos, uma vez que o personagem foge do local do acidente e a negociação que está fazendo para vender a sua companhia.
O mais interessante é que o foco da história não é apenas a tentativa de encobrir a sua culpa no acidente, como também mostrar a corrupção em diferentes níveis. Isso uma vez que Robert é corrupto não só nos seus negócios, mas também na sua vida pessoal. Afinal, ele tem uma amante e ainda coloca a sua família em risco ao deixá-los em situações muito constrangedoras.
Outro ponto interessante é a personagem de Susan Sarandon, em que a todo momento parece apenas uma dona de casa inofensiva e que não sabe de nada dos negócios do seu marido.
Na verdade, ela sabia todo tempo que o marido a traía e dos seus negócios ilícitos. Porém, quando vê que a carreira da sua filha está em jogo por causa das atitudes do marido ela se torna uma mãe verdadeiramente protetora.
É nesse ponto que ela mostra as suas garras e deixa claro para o que veio. Mostrando assim, que todos eles colocarão os seus interesses na frente dos outros, independente de quem seja.
No meio de toda essa história ainda tem Jimmy Grant, vivido pelo ator Nate Parker. Pois, ao ajudar o antigo chefe do seu pai a sair do local do acidente, acaba envolvido na investigação da morte da amante de Robert Miller e tem que mentir para livrá-lo da cadeia.
No final, Jimmy consegue se livrar das acusações, porém acaba aceitando o dinheiro dado por Robert por tê-lo livrado de problemas. É nesse ponto, porém que entra alguns questionamentos, como: Aceitar dinheiro para livrar o outro é correto? Mesmo que o discurso seja de ajudar a outras pessoas a não perderem o emprego? Pois é exatamente esse o argumento que Robert Miller usa para convencer Jimmy a aceitar o dinheiro e não denunciá-lo. Já o que acontece com o personagem de Richard Gere só assistindo para descobrir.
É interessante perceber o quanto manter as aparências é importante durante toda a trama. Pois, manter a pose e mostrar através dos seus atos o que sabe e o que não sabe se torna crucial.
Dramaturgia x Realidade
A relação entre os filmes e a realidade é notória. Afinal, corrupção existe em todos os lugares – infelizmente. Muitas vezes esse tipo de filme nos interessa porque o tema gira em torno do que vemos todos os dias.
Quando olhamos esse retrato nas telas de cinema, começamos a pensar até onde vai o limite entre o certo e o errado. É nessas horas o quanto vemos que o limite é muito tênue, principalmente quando no meio de todos os ocorridos nem todo mundo passa ileso. No caso de “A Negociação” há ainda a morte de uma pessoa.
Filmes assim são necessários para nos fazer refletir o que é realmente importante. Pensar no que devemos dar prioridade ou se queremos apenas viver de aparências. Já parou para pensar?
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