Apresentada de forma sensacional pelo excelente Jimmy Kimmel, que colocou no bolso vários outros apresentadores que já passaram pelo palco, a “89ª cerimônia do Oscar“ acabou sendo uma das melhores dos últimos anos, ao trazer uma lista equilibrada com ótimos filmes que conseguiram brigar arduamente pela famosa estatueta do cavaleiro dourado. Mesmo deixando de fora alguns grandes nomes de produções que poderiam facilmente entrar na disputa, e criando dúvidas quanto a seleção de certos filmes e profissionais, a academia proporcionou uma noite memorável.
Digna de entrar para o hall das melhores cerimônias apresentadas pelo evento, principalmente em relação ao erro de leitura de melhor filme, a 89ª cerimônia nos convidou à conhecer o primeiro passo para quebra de tabus que persistem até os dias atuais. Depois da polêmica de 2016 envolvendo a hashtag #oscarsowhite (Oscar tão Branco), que colocou a academia como racista e, também, sexista através de diversos comentários pelo mundo afora, o Oscar bateu o recorde de indicações para artistas negros. Todavia, acabou tropeçando em alguns selecionados que não mereciam estar ali, deixando outros grandes trabalhos de lado, como o caso de “Nat Parker” por “O Nascimento de uma nação”, projeto esse que mereceu mais de uma indicação e ficou a ver navios, e “Taraji P. Henson” por “Estrelas Além do Tempo”, a atriz simplesmente é a alma do filme e não foi lembrada pelos votantes.
De qualquer forma, mesmo errando em algumas indicações, a “Academia de Artes e Ciências Cinematográficas” nos proporcionou um verdadeiro show nessa noite de domingo, dia 26 de fevereiro, fazendo-nos esquecer qualquer pensamento sobre o carnaval instalado no país e que vai continuar de vento em poupa arrastando multidões para as ruas e sambódromo. Como a Woo! Magazine não poderia ficar de fora dessa, acompanhamos toda a apresentação em uma cobertura fantástica pelas redes sociais. E, para aqueles que não puderem assistir o evento, segue a lista completa com os vencedores (em vermelho) que levaram para casa o famigerado prêmio.
Aproveite para conferir e comentar nossa opinião sobre os ganhadores do Oscar 2017. “La La Land” foi o grande vitorioso da vez em quantidade, mas o prêmio principal ficou mesmo com “Moonlight”.
[divider]Os Vencedores[/divider]
Melhor Filme
- “A chegada”
- “Até o último homem”
- “Estrelas além do tempo”
- “Lion: Uma jornada para casa”
- “Moonlight: Sob a luz do luar”
- “Um Limite Entre Nós”
- “A qualquer custo”
- “La la land: Cantando estações”
- “Manchester à beira-mar”
Woo! Opina: Embora não tenha sido totalmente merecido, “Moonlight” é um bom filme e foi muito bem produzido. Entretanto, nossa torcida estava mesmo com “La La Land”, “Um Limite entre nós” ou “A Chegada”
Melhor Diretor
- Dennis Villeneuve (“A chegada”)
- Mel Gibson (“Até o último homem”)
- Damien Chazelle (“La la land: Cantando estações”)
- Kenneth Lonergan (“Manchester à beira-mar”)
- Barry Jenkins (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
Woo! Opina: Chazelle não fez apenas um filme, fez uma obra de arte que, diferente do que muitos falam, vai ficar na história. Ele conseguiu com o filme um feito de poucos projetos, ser indicado a 14 prêmios. O jeito que o diretor conta a história precisa ser apreciado pelo público e jovens cineastas.
Melhor ator
- Casey Affleck (“Manchester a beira mar”)
- Denzel Washington (“Um Limite Entre Nós”)
- Ryan Gosling (“La La Land – Cantando estações”)
- Andrew Garfield (“Até o Último Homem”)
- Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”)
Woo! Opina: Ninguém merecia tirar esse Oscar de Denzel. O ator virou um monstro em suas cenas, foram tantas verdades passadas apenas com olhar que o seu trabalho precisa ser vistos por outros atores. Entretanto, Affleck realiza uma composição segura de sua personagem, em um filme simplista que conseguiu ser reconhecido.
Melhor atriz
- Natalie Portman (“Jackie”)
- Emma Stone (“La La Land – Cantando estações”)
- Meryl Streep (“Florence: Quem é essa mulher?”)
- Ruth Negga (“Loving“)
- Isabelle Huppert (“Elle”)
Woo! Opina: Isabelle Huppert merecia, mas era mais que claro que a estatueta seria de Emma Stone. Menos mal, pois a atriz demonstra total segurança em suas cenas.
Melhor ator coadjuvante
- Mahershala Ali (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
- Jeff Bridges (“A qualquer custo”)
- Lucas Hedges (“Manchester à beira-mar”)
- Dev Patel (“Lion: Uma jornada para casa”)
- Michael Shannon (“Animais noturnos”)
Woo! Opina: Embora desempenhe um ótimo trabalho com esse personagem, o ator não merecia levar. Mesmo nossa opinião contrariando muita gente, Jeff Bridges apresenta uma atuação mais sólida.
Melhor atriz coadjuvante
- Viola Davis (“Um Limite entre nós”)
- Naomi Harris (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
- Nicole Kidman (“Lion: Uma jornada para casa”)
- Octavia Spencer (“Estrelas além do tempo”)
- Michelle Williams (“Manchester à beira-mar”)
Woo! Opina: A atriz pode rir e rir muito. Enfim ela ganhou o seu tão merecido prêmio, e por um trabalho impecável – diga-se de passagem. Viola é uma das grandes atrizes da atualidade.
Melhor roteiro original
- Damien Chazelle (“La la land: Cantando estações”)
- Kenneth Lonergan (“Manchester à beira-mar”)
- Taylor Sheridan (“A qualquer custo”)
- Yorgos Lanthimos e Efthimis Filippou (“O lagosta”)
- Mike Mills (“20th century woman”)
Woo! Opina: Essa talvez seja a indicação mais honesta para o filme. Trata-se de uma simplória jornada de uma pessoa que não consegue lidar com suas dúvidas e medos. Um filme comum, livre, mas ao mesmo tempo um soco no estômago.
Melhor roteiro adaptado
- Barry Jenkins (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
- Luke Davies (“Lion: Uma jornada para casa”)
- August Wilson (“Um Limite Entre Nós”)
- Allison Schroeder e Theodore Melfi (“Estrelas além do tempo”)
- Eric Heisserer (“A chegada”)
Woo! Opina: Barry Jenkins conseguiu criar um roteiro que, em cada ato, abraça três atos diferentes. Ou seja, um início meio e fim em cada uma dessas partes. O prêmio é, sem dúvida nenhuma, bem vindo ao filme.
Melhor fotografia
- Bradford Young (“A chegada”)
- Linus Sandgren (“La la land: Cantando estações”)
- James Laxton (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
- Rodrigo Prieto (“Silêncio”)
- Greig Fraser (“Lion: Uma jornada para casa”)
Woo! Opina: “Moonlight” estava no páreo com um lindo trabalho e “Silêncio” arrepiou com suas belíssimas tomadas e paletas de cores. Todavia, quem encanta mesmo é “La La Land” com sua nostalgia e sinceridade.
Melhor animação
- “Kubo e as cordas mágicas”
- “Moana: Um mar de aventuras”
- “Minha vida de abobrinha”
- “A tartaruga vermelha”
- “Zootopia”
Woo! Opina: Não leve nossa opinião a mal, “Zootopia” é lindo, mas esse prêmio deveria ir para dois outros destinatários:”Kubo e as cordas mágicas” ou o maravilhoso “A Tartaruga Vermelha”
Melhor filme em língua estrangeira
- “Terra de minas” – Dinamarca
- “Um homem chamado Ove” – Suécia
- “O apartamento” – Irã
- “Tanna” – Austrália
- “Toni Erdmann” – Alemanha
Woo! Opina: O filme ganhou uma força descomunal nas últimas semanas, devido as políticas desenvolvidas por Donald Trump. É um filme forte e serve de lição para muitas coisas que estamos vivendo no mundo.
Melhor documentário
- “Fogo no mar”
- “Eu não sou seu negro”
- “Life, animated”
- “O.J. Made in America”
- “A 13ª Emenda”
Woo! Opina: É preciso deixar claro a coragem em produzir um projeto de quase 8 horas de duração e, ainda sim, costurar muito bem a história. “O.J” é fantástico.
Melhor edição
- Joe Walker (“A chegada”)
- John Gilbert (“Até o último homem”)
- Jake Roberts (“A qualquer custo”)
- Tom Cross (“La la land: Cantando estações”)
- Nate Sanders e Joi McMillan (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
Woo! Opina: Somente “A chegada” poderia tirar esse prêmio, mas foi justo que “Até o último homem” levasse o prêmio. O cortes secos e o ritmo acelerado criado para o filme, fazem a diferente ao projeto.
Melhor design de produção
- “A chegada”
- “Animais fantásticos e onde habitam”
- “Ave, Cesar!”
- “La la land: Cantando estações”
- “Passageiros”
Woo! Opina: Um belíssimo trabalho criado pelo filme. Um dos prêmios mais merecidos do mesmo.
Melhor cabelo a maquiagem
- Eva Bahr e Love Larson (“Um homem chamado Ove”)
- Joel Harlow e Richard Alonzo (“Star Trek: Sem fronteiras”)
- Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson (“Esquadrão Suicida”)
Woo! Opina: “Star Trek” merecia pelo fato de nenhum dos dois outros concorrentes estar a altura do trabalho feito por Joel e Richard. “Esquadrão Suicida” não merecia estar nem aqui, mas ganhou e não concordamos com esse prêmio. Agora ele vai ter a alcunha de “Vencedor do Oscar” (OMG)
Melhor figurino
- Joanna Johnston (“Aliados”)
- Colleen Atwood (“Animais fantásticos e onde habitam”)
- Consolata Boyle (“Florence: Quem é essa mulher?”)
- Madeline Fontaine (“Jackie”)
- Mary Zophres (“La la land: Cantando estações”)
Woo! Opina: Um trabalho bem feito e que foi desvalorizado por muita gente. Nosso preferido era “Jackie”, e “Animais fantásticos e onde habitam” vinha em terceiro lugar. Todavia, papou o prêmio sem muita dificuldade.
Melhores efeitos visuais
- Craig Hammack, Jason Snell, Jason Billington e Burt Dalton (“Horizonte Profundo”)
- Stephane Ceretti, Richard Bluff, Vincent Cirelli e Paul Corbould (“Doutor Estranho”)
- Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones and Dan Lemmon (“Mogli: O menino lobo”)
- Steve Emerson, Oliver Jones, Brian McLean e Brad Schiff (“Kubo e as cordas mágicas”)
- John Knoll, Mohen Leo, Hal Hickel e Neil Corbould (“Rogue One: Uma história Star Wars”)
Woo! Opina: Muita gente citou outros filmes, mas nenhum fez um trabalho tão bem feito quanto “Mogli”. A reconstrução dos animais e da floresta, sem falar da cena do incêndio, são impecáveis.
Melhor canção original
- “Audition (The fools who dream)” (“La la land: Cantando estações”); música de Justin Hurwitz e letra de Benj Pasek e Justin Paul
- “Can’t stop the feeling” (“Trolls”); música e letra de Justin Timberlake, Max Martin e Karl Johan Schuster
- “City of stars” (“La la land: Cantando estações”); música de Justin Hurwitz e letra de Benj Pasek e Justin Paul
- “The empty chair” (“Jim: The James Foley Story”); música e letra de J. Ralph e Sting
- “How far I’ll go” (“Moana: Um mar de aventuras”); música e letra Lin-Manuel Miranda
Woo! Opina: “City of Star” marcou a vida de muita gente e vai ficar na memória de todos. Era impossível perder esse prêmio.
Melhor trilha sonora
- Micha Levi (“Jackie”)
- Justin Hurwitz (“La la land: Cantando estações”)
- Nicholas Britell (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
- Thomas Newman (“Passageiros”)
- Dustin O’Halloran e Hauschka (“Lion: Uma jornada para casa”)
Woo! Opina: Merecido prêmio para “La La Land”. O filme não existe sem essa trilha impecável.
Melhor edição de som
- Sylvain Bellemare (“A chegada”)
- Renée Tondelli (“Horizonte Profundo”)
- Robert Mackenzie e Andy Wright (“Até o último homem”)
- Ai-Ling Lee and Mildred Iatrou Morgan (“La la land: Cantando estações”)
- Alan Robert Murray e Bub Asman (“Sully: O herói do rio Hudson”)
Woo! Opina: “A Chegada” dialoga com o público, através de uma edição de som surreal. Merecia outros prêmios, mas foi esquecida.
Melhor mixagem de som
- Bernard Gariépy Strobl e Claude La Haye (“A chegada”)
- Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mackenzie e Peter Grace (“Até o último homem”)
- Andy Nelson, Ai-Ling Lee and Steve A. Morrow (“La la land: Cantando estações”)
- David Parker, Christopher Scarabosio e Stuart Wilson (“Rogue One: Uma história Star Wars”)
- Greg P. Russell, Gary Summers, Jeffrey J. Haboush e Mac Ruth (“13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi”)
Woo! Opina: Um bom trabalho, mas “A Chegada” merecia uma dobradinha nesse ponto.
Melhor curta-metragem
- “Ennemis Intérieurs”
- “La femme et le TGV”
- “Silent night”
- “Sing”
- “Timecode”
Woo! Opina: Triste ver o filme “La femme et le TVG” não levar esse prêmio.
Melhor curta-metragem de animação
- “Blind Vaysha”
- “Borrowed time”
- “Pear Cider and Cigarettes”
- “Pearl”
- “Piper”
Woo! Opina: “Piper” é um filme sincero e cheio de vida. Mereceu o prêmio e valorização.
Melhor documentário em curta-metragem
- “Extremis”
- “41 miles”
- “Joe’s violin”
- “Watani: My homeland”
- “The white helmets”
Woo! Opina: Um trabalho impecável que merece ser visto.
E o Oscar termina com a grande polêmica de todos os tempos, a leitura errada do envelope, que quase deu o Oscar de melhor filme para “La La Land – Cantando Estações”. Todavia, um dos produtores do filme, depois de todos subirem no palco, foi honesto e falou que o vencedor era, na verdade, “Moonlight – Sob a Luz do Luar”.
E assim termina o maior evento do cinema do ano, com “La La Land” como o grande vencedor em número de estatuetas, totalizando seis. Contudo o mercado continua bombando daqui para frente com vários festivais e outras prêmiações. O próximo é o fabuloso “Festival de Cannes”.
Fique ligado na Woo! Magazine e em nossa cobertura de cinema durante todo ano. – O resultado do bolão da Woo! será revelado em breve. Aguarde!
Obrigado por nos acompanhar até agora.
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