A Woo! Magazine é um site todo trabalhado no formato de revista cultural, criado pela Wallaroo Corp., uma produtora independente que busca desenvolver, participar e divulgar projetos que possam melhorar a cultura de nosso país, bem como expandir as expectativas de oportunidades e aprendizados para os diferentes profissionais de mercado que existe no Brasil. A Woo! nasceu da ideia de abranger essas possibilidades e poder se conectar com pessoas de diversos lugares, levando um pouco mais de informação através dessa ferramenta monstruosa que é a internet.
Em apenas um ano e pouco de vida, contamos com mais de 40 colaboradores de diversos estados brasileiros. E o melhor de tudo, todos apaixonados pela arte e, por isso, se dedicam bastante para coletarem os conhecimentos e transpó-los da melhor forma possível para nossos leitores. E, no meio desse caminho, estamos fazendo de tudo para criarmos uma abertura cada vez maior para os novos talentos que estão surgindo, os quais buscam incansavelmente um espaço para contarem sua história e provarem sua capacidade.Fazer parte do Festival do Rio, e o braço de estudos e troca de conhecimentos que se tornou o RioMarket, não é apenas mais uma conquista de nossa produção, mas a ampliação para podermos fazer de nosso sonho uma verdade cada vez mais próxima. Quando havíamos inaugurado a revista, em 2015, tentamos nosso credenciamento e o mesmo não foi autorizado pelo evento, o que nos deixou realmente frustrados. Na época, éramos apenas 5 colaboradores e já estávamos com diversas matérias e críticas interessantes no site, entretanto aquilo não nos desanimou e continuamos o nosso trabalho, analisando de fora como funcionava o maior festival de cinema da América Latina. Foram diversos cursos, palestras, filmes inesquecíveis, alguns que nem estrearam depois no cinema, convidados especiais e muito mais que perdemos. Mas isso não nos impediu! Com a ajuda da internet, foi possível nos informar sobre o que estava acontecendo no evento, colhendo detalhes preciosos para nosso conhecimento, mas sentimos falta de algumas coisas, pois nem todos os sites informavam o mundo dentro do festival. – Mais tarde, descobrimos que isso acontecia por dois motivos:
1° Impossível cobrir tudo: Como cada site tem um limite de credencial, e o evento acontece espalhado por toda cidade, fica impossível cobrir tudo. Além dos custos de transporte e alimentação serem altíssimos, é humanamente inexequível estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Por isso, somos obrigados a mapear da melhor forma possível a cobertura tentando garantir o máximo de notícias sobre o evento.
2° Esgotamento: Mesmo com as credenciais em mãos, a imprensa disputa vaga com o público que irá assistir o festival, garantindo uma espécie de democracia dentro do mesmo. Sendo assim, caso os ingressos não sejam retirados por aquele veículo no primeiro dia de abertura, pode-se correr o risco de não conseguir assistir ao filme depois. Todavia, devo deixar claro que desde o primeiro dia a corrida pelo festival já é gigantesca, formando filas demoradas e erros de sistemas.
Ainda no ano passado, mesmo correndo atrás, não tivemos acesso sobre como tudo funcionava e aquilo nos deixou tristes e minou um pouco a nossa vontade em descobrir mais sobre o festival. As informações mais corretas vinham do próprio site do evento e algumas outras foram pinceladas nas redes sociais do mesmo. Assim, juntamente com outros sites de cinema, percebemos que era possível apenas acompanhar certos detalhes. A verdadeira falta era de encontrar um veículo que pudesse abraçar o máximo possível de novidades, principalmente sobre o RioMarket, o ramo do festival que traz uma gama de ensinamentos que são essenciais para os profissionais que já estão no mercado e, principalmente, para quem está começando. Mas, esse, era o mais prejudicado.
Sendo assim, começamos a pensar em como poderíamos fazer parte do Festival do Rio em 2016 e trabalhar tudo de forma diferenciada. Claro, ainda permanecia o frio na barriga de não termos entrado no anterior e esse fantasma ficava rondando em nossa mente, assombrando a possibilidade de não sermos convidados novamente. Contudo, deixamos esse receio de lado e continuamos a desenvolver a revista, da melhor forma possível, buscando participar dos eventos espalhados no Brasil, entre eles a Comic Con Experience, a Jedicon, o Arnold Classic, as Olimpíadas, lançamentos de filmes, peças teatrais e etc.
Como iríamos fazer o nosso primeiro aniversário com o site, decidimos remodelar todo o nosso projeto e jeito de trabalhar, convidando mais pessoas para colaborar com o mesmo, expandindo o site para outros patamares e, por assim dizer, estados. Novas colunas nasceram, dezenas de colaboradores passaram a fazer parte da Woo! Magazine e a ideia de um canal de vídeos vem surgindo. Com a nova roupagem, abrimos nosso leque no “armazém” do entretenimento, aproximando assuntos sociais, empreendedorismo, internet, entre outros. Desenvolvemos equipes para cada setor, abraçando coberturas em vídeo e foto, matérias, críticas, trabalhos feitos para testar eventos e por aí vai. E, recentemente, começamos a produzir alguns programas para nosso canal. O novo site entrou no segundo semestre com tudo e, além das coberturas que já estávamos fazendo, queríamos fazer parte do Festival de cinema do Rio de Janeiro.Realizamos o cadastramento de nossos colaboradores (sete no total) para tentarmos cobrir o evento em um todo, foi nesse momento que descobrimos que precisaríamos reduzir nossa equipe, o que gerou certa frustração. Como foi dito anteriormente, o festival dispunha de um determinado número de pessoas por veículo. Aquela notícia nos fez ter que mudar completamente nossa grade de trabalho, reorganizando cada detalhe, e nós o fizemos sem problemas. Embora não fosse possível cobrir tudo, tínhamos chance de podermos estar presentes no evento. Semanas depois, alguns jornalistas e sites começaram a receber notícias das credenciais e nossa equipe não havia recebido nada, fazendo voltar e concretizar aquele ponto de frustração. Ficamos apreensivos, mas falamos com responsáveis dentro do evento e dias depois tudo foi resolvido.
Enquanto a exibição dos filmes não começavam, o RioMarket 2016 já tinha iniciado com os dois pés direitos, sem nenhum problema de organização, trazendo um público sedento por informações. O primeiro dia teve direito até a roteirista internacional como você pode ler em nossa matéria. E não parou por aí, no segundo dia teve outro estrangeiro da indústria cinematográfica falando sobre sua experiência com documentários e uma quantidade infinita de youtubers ensinando como conseguir sucesso nesse espaço gratuito que cresce de forma mostruosa.
O dia de pegar as credenciais, as quais dariam direito de cobrir os filmes e coletivas, foi o mesmo do terceiro dia dos cursos do RioMarket. Nesse meio tempo descobrimos que a credencial de uma de nossas colaboradoras estava errada e não foi possível resolver o problema dentro do tempo. – Continuamos nosso objetivo, mesmo perdendo parte de nossa grade de cobertura que cabia a esse colaborador, e fomos ao trabalho. Uma parte participou das palestras e debates, que trouxeram novamente a divertida galera da internet, o Workshop com Lucas Paraizo (um dos responsáveis pelo o roteiro do documentário “Divinas Divas”, competindo no festival), e as diversas novidades e informações sobre documentário e televisão. Enquanto isso, a outra parte de nossa equipe começava a cobrir os filmes.
No mesmo dia, fomos convidados para o filme e festa de abertura do Festival. O evento de gala, mesmo nem todos comparecendo à rigor, aconteceu nas belíssimas instalações do Cidade das Artes na Barra da Tijuca. A festa trouxe pessoas de vários cantos do Rio de Janeiro, cidades do Brasil e do mundo, era uma mistura de conhecimentos por onde se passava e impossível falar apenas com um convidado. A necessidade de fazer contato e conhecer toda essa gente nova nos consumia, bem como todos ao redor. A Abertura do Festival se deu pela potente voz da linda Christiane Torloni, que contou um pouco sobre o que aconteceria durante os próximos dias e convidou as diretoras do evento, Walkíria Barbosa e Ilda Santiago, para falarem sobre o mesmo.O filme exibido na abertura foi o drama “A Chegada” de Dennis Villeneuve, com Amy Adams e Jeremy Renner. A produção foi apresentada pelo diretor da Sony no Brasil Rodrigo Saturnino. A equipe do filme não pode comparecer, mas Villeneuve enviou um vídeo falando do contentamento dele de estar abrindo o Festival do Rio. – Após o fim do filme, uma festa com aperitivo começou no hall da Cidade das Artes e se expandiu até a madrugada com direito a quitutes que fugiam no convencional, mas demonstravam que o evento manteve os pés no chão, evitando gastos desnecessários no meio de uma crise, focando em cuidar do engrandecimento da cultura em si. Assim, o público se divertiu com muita música, pão com mortadela, caldo de cenoura, biscoito globo e a cerveja artesanal do Canal Brasil. Entretanto, infelizmente, os mesmos não duraram muito tempo, criando certo descontentamento entre os convidados.
Sábado, dia 08 de outubro, foi marcado pelo ótimo quarto dia do RioMarket que trouxe dois monstros que já trabalharam tanto na televisão quanto no cinema. Ana Maria Moretzsohn falou sobre personagens inesquecíveis, enquanto Walter Carvalho, gênio da fotografia, abordou sobre sua área e experiência. Nesse mesmo dia, o preparador de elenco Eduardo Milewicz atraiu dezenas de atores e outros profissionais para o seu Master Class de atuação.
No mesmo dia estivemos presentes na exibição de filmes bons e outros excelentes. Sem definir aqui o qual é qual de cada um, assistimos “Jovens, Loucos e mais rebeldes”, “Absolutely Fabulous: O Filme” e perdemos nosso primeiro filme devido ao trânsito da cidade maravilhosa. O ótimo documentário “De Palma”, sobre a vida e carreira de um dos grandes nomes do cinema mundial, acabou sendo visto em outra oportunidade dentro do Festival e em breve publicaremos nossa crítica.
O dia seguinte, talvez por ser um domingo, acabou sendo o mais lento do RioMarket, trazendo informações sobre roteiro, documentários e maquiagem (algo importante para o meio do audiovisual). Além disso, foi marcado por um workshop necessário sobre Film Commissions. Em paralelo, nossa equipe assistiu aos filmes “Divinas Divas” e “Redemoinho” e participou do debate com a equipe das produções no Cine Odeon. E prestigiou o excelente filme canadense “O monstro do Armário”, no Kinoplex São Luís.
De volta aos melhores momentos do RioMarket, a segunda-feira foi marcada pelo maravilhoso Workshop de Assistência de direção, proporcionado pelo diretor Hsu Chien. Além dele, o dia foi notado por perspectivas sobre a pirataria, o case internacional sobre o filme “500 dias com ela” e o debate “RioFilme e as ações de internacionalização para o mercado de cinema”. Entre as produções, nossa equipe acompanhou e se surpreendeu com o longa “Os garotos nas árvores” e o brasileiro “Fala Comigo”, que contou com um debate logo em seguida. E um de nossos críticos se decepcionou bastante com “Loving”, o motivo ele explicará em breve em sua resenha.
O diretor Hsu Chein voltou ao palco do RioMarket na terça-feira para um outro workshop, dessa vez sobre direção, no qual abordou assuntos importantes sobre o mercado e dicas que podem fazer a diferença na vida de qualquer profissional que deseja seguir essa área. Outro ponto positivo foram os debates e palestras sobre técnicas de produção independente e comercial, tanto quanto dicas de como fazer negocio no setor audiovisual e distribuição digital. Já nos cinemas, assistimos e participamos do debate do filme “Sob Pressão” e também prestigiamos as produções “A Nona Vida de Louis Drax” e o nostálgico “BR 716”.
Enquanto o Festival do Rio continuava, era hora de dar adeus ao RioMarket, que proporcionou um encerramento com qualidade trazendo um dia sobre a moda no cinema e o Master Class demonstration com os americanos do Studio 4 que revelaram um pouco sobre o método criado pelo ator de Hollywood James Franco.
Com direito a um dia modorrento o festival continuou mesmo com o calor do Rio, trazendo filmes para gostos variados e nossa equipe pode prestigiar uma gama de produções como “Wiener-Dog” e “Era o Hotel Cambridge”.
Com menos um evento para cobrir, foi possível conferir diversos outros filmes nos dias seguintes como o americano “O Contador”, que trouxe Ben Affleck no papel principal de um contador que sofre de síndrome de Asperger; o japonês “Confidencial: Mente Assassina”, um thriler repleto de ação que conta história de um homem que trabalha investigando casos através de fragmentos de memória de cadáveres ainda frescos; o brasileiro “O Filho Eterno”, que decepcionou mesmo contando com uma história que tinha tudo para ser emocionante; o poético “Dominion”, que traz Rodrigo Santoro em uma ótima e sincera atuação; e o documentário “Holocausto Brasileiro” de Daniela Arbex, que consegue dar um choque de realidade no público.
Durante o evento também foi possível acompanhar os filmes “Cinema novo” dirigido pelo filho do eterno Glauber Rocha; o Francês “Apenas o Fim do Mundo”, “Michele e Obama”, “A Luz Entre Oceanos”, “As Confissões” e alguns curtas metragens, com destaque para a sombria animação “O Ex-Mágico”.
Com apenas 3 colaboradores credenciados, tentamos cobrir o máximo possível do Festival do Rio, trazendo informações diárias para nossos leitores e outros que descobrissem a revista no meio do caminho. Mesmo não conseguindo abraçar tudo do jeito que gostaríamos, realizamos um trabalho com carinho e, orgulhamos em dizer, com qualidade. Quem nos acompanhou sabe que estivemos presentes pelo site, Instagram, Facebook e Twitter, quase que 24 horas por dia, mostrando o que rolava no evento. Foram mais de 100 postagens nas redes sociais durante os 11 dias de evento, 15 matérias sobre o RioMarket, mais de 20 críticas cinematográficas (contando as que ainda vão entrar no site) e outras matérias sobre o festival, incluindo duas (Veja a outra aqui) informando como foi o evento em um todo e a lista dos premiados.
No fim das contas alcançamos mais um objetivo de trabalho, entretanto a oportunidade de participar do Festival do Rio foi de grande aprendizado e inesquecível. Estamos terminando o evento com informações que nos ajudarão a nos tornar melhores profissionais nesse mercado competitivo e servirão como base para podermos colaborar com outros interessados pelo assunto, e que pretendem fazer desse meio a sua carreira.
Fica aqui o nosso eterno agradecimento a Equipe do Festival do Rio, RioMarket, todos os convidados, palestrantes, patrocinadores e apoiadores. Obrigado pela imersão cultural e que continue crescendo a cada ano.
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